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Incessante Rali da Madeira Pode Deixar Imóveis Ainda Mais Caros nos EUA

Publicado 16.02.2022, 14:44
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Oito limites de alta em nove dias: a madeira serrada está literalmente “furando o teto” no mercado futuro.

A matéria-prima mais importante na construção de casas nos EUA retomou seu rali depois de parar por um mês para respirar em janeiro, subindo 32% até agora em fevereiro, após sucessivas valorizações de 39% em novembro e dezembro.

A madeira futura na Bolsa Mercantil de Chicago (CME) atingiu o nível máximo de alta de US$45 permitido por dia em nove dos últimos dez pregões.

Madeira semanal

Gráficos: cortesia de skcharting.com

No fechamento de terça-feira, o contrato com entrega em março estava em sua máxima de três semanas de US$1291 por 1000 pés-tábua, desde o fechamento de 1 de fevereiro de US$934,90.

“Os preços estão bem acima da tendência e das nossas projeções”, disse Mark Wilde, analista da BMO Capital Markets, em Nova York, citado em uma matéria da Bloomberg nesta semana.

“Estamos nos aproximando da temporada de construções da primavera e do pico da atividade do mercado residencial, portanto não me surpreenderia se os preços dispararem ainda mais”.

O impacto de tudo isso nos preços dos imóveis nos EUA não pode ser subestimado.

As vendas de novas casas no país dispararam 12% em dezembro em relação a um mês antes, com o grande afluxo de pessoas adquirindo seus primeiros imóveis no mercado antes do aumento de juros, como mostram os dados do Departamento de Comércio.

A mediana de preço de venda de uma casa nova em dezembro era de US$377,700, enquanto a média era de US$457.300. Em novembro, a mediana era de US$416.900, ao passo que a média era de US$481.700, ambas são recordes históricos.

A grande escassez de imóveis residenciais nos EUA desde a crise financeira de 2007/2008 e o surgimento da pandemia de coronavírus gerou uma verdadeira briga entre os compradores de primeiros imóveis, fazendo os preços atingirem máximas recordes.

Para piorar o problema, o Federal Reserve deve elevar os juros de cinco a sete vezes neste ano para contar o aumento da inflação em seu ritmo mais rápido em quatro décadas.

O índice de preços ao consumidor nos EUA subiu 7,5% de janeiro a dezembro de 2021.

Como ressaltou a Bloomberg, os preços da madeira registram volatilidade desde o início da pandemia e atingiram níveis recordes durante o boom imobiliário desencadeado pela Covid, depois colapsaram com o aumento da produção nas serrarias e a queda da demanda por conta dos valores elevados.

O índice de composto estrutural mais do que triplicou desde o fim de agosto, aumentando o custo médio de uma casa nova.

Madeira mensal

Mesmo assim, a madeira está cerca de 30% abaixo do recorde de US$1711 alcançado em maio de 2021.

“Acredito que isso se deva, em parte, ao grande movimento das commodities”, disse David Russell, vice-presidente de inteligência de mercado da corretora online TradeStation, ao Business Insider na semana passada.

“Estamos vendo uma grande mudança do dinheiro para as commodities e materiais no mercado mais amplo”.

Russell disse que os preços das commodities, como ferro, petróleo, soja e fertilizantes, subiram na maioria dos casos, em meio ao clima mais frio de inverno, tensões geopolíticas e rupturas da cadeia de fornecimento.

“Em grande medida, os mesmos fatores que provocaram a alta da madeira nos últimos seis meses estão contribuindo para sua valorização atual”, disse Chip Setzer, diretor de negociação e crescimento do Mickey Group, uma plataforma de negociação de commodities, ao Insider.

“A demanda por produtos florestais e madeireiros continua alta e a oferta segue restrita”.

Michael Goodman, diretor de produtos de especialidade da Sherwood Lumber, concordou.

“Uma combinação de fatores, como demanda extrema, clima, frete e outras questões de cadeia de fornecimento, está contribuindo para que os preços da madeira atinjam novas máximas", ressaltou Goodman ao Insider.

“Só estamos em fevereiro e já vemos meses de volume recorde. Muitos esperavam uma desaceleração em razão dos juros, mas os canteiros não param e continuarão assim por um bom tempo”.

E o que diz a análise técnica da madeira futura?

“O gráfico semanal mostra força de alta, com a retomada da tendência ascendente dos preços acima do suporte de US$900”, disse Sunil Kumar Dixit, estrategista-chefe do skcharting.com.

“É muito provável que o rali se estenda e teste US$1335.”

E não para por aí. Compras fortes acima de US$1335 deve impulsionar a madeira para o próximo nível de US$1540 para preencher o gap deixado em maio de 2021, disse Dixit.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

 

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