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Investidores Ignoram Falta de Oxigênio e Mantém Fôlego dos Ativos

Publicado 15.01.2021, 08:44
Atualizado 10.01.2024, 08:22

Alheio ao novo colapso vivido em Manaus, onde pacientes com covid-19 agonizam e morrem afogados a seco, no episódio mais recente do longo drama da pandemia no Brasil, o mercado financeiro doméstico ignora a falta de oxigênio e mantém o fôlego de alta dos ativos de risco, embalado pela “onda azul” do governo eleito nos Estados Unidos, onde a dívida se expande (porque lá pode) às custas de reerguer a maior economia do mundo.

A liquidez sem precedentes jorrada pelos principais bancos centrais globais, capitaneados pelo Federal Reserve, combinada com a expansão sem fim dos gastos por países desenvolvidos sustenta o prolongado rali, descolando da realidade os ativos - emergentes, principalmente - uma vez que o mundo ainda registra recorde de mortes e casos por coronavírus. Dizer o quê, se o jargão do mercado é que “contra fluxo não há argumentos”?

O fato é que Wall Street amanheceu decepcionado, com os índices futuros das bolsas de Nova York exibindo leves baixas, depois do modesto pacote anunciado pelo próximo chefe da Casa Branca, que acabou ficando na casa do trilhão - e não no plural, como esperado. O democrata Joe Biden detalhou ontem à noite que irá destinar US$ 1,9 trilhão para, enfim, combater a covid-19 nos EUA e, ao mesmo tempo, estimular a economia.

Segundo ele, serão destinados US$ 400 bilhões para conter a disseminação do coronavírus no país e ampliar a distribuição de vacinas contra a doença, além de US$ 1 trilhão para apoiar as famílias norte-americanas, que receberão cheques no valor de US$ 1,4 mil - valor superior aos US$ 600 no mais recente benefício fiscal. O valor do auxílio-desemprego também vai aumentar, para US$ 400, ante US$ 300 semanais.

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A expectativa é de que esses estímulos reaqueçam o consumo nos EUA, principal motor da economia, alimentando o crescimento através do aumento de gastos e não pela retomada da produção (e do emprego e da renda) - e, assim, mantendo em operação a engrenagem do sistema financeiro. Tal mecanismo turbina os ativos de maior risco (e maior retorno), ao mesmo tempo em que afunda o preço do dólar, em nível global.

Drama Nacional

Aos olhos dos investidores estrangeiros, o Ibovespa está em promoção, o que explica o ingresso de quase R$ 15 bilhões em recursos externos em menos de duas semanas, sustentando a renda variável em nível recorde. Em dólar, a Bolsa ainda está cerca de 50% abaixo da máxima histórica, o que deve dar fôlego para novas altas - sem precisar da ajuda de países vizinhos, como é o caso da solidariedade do governo da Venezuela ao Amazonas.

Esse desempenho, porém, não se traduz, necessariamente, em uma desvalorização do dólar por aqui. Afinal, os investidores locais estão tirando proveito da volta dos “gringos” à Bolsa brasileira, travando suas operações com uma postura defensiva (hegde) no câmbio. Ainda assim, a moeda norte-americana já apagou os ganhos que vinha acumulando neste início de ano, voltando à faixa de R$ 5,20.

O movimento é explicado, em grande parte, à perspectiva de que a taxa básica de juros no Brasil deve subir antes do previsto, em meio ao acúmulo de riscos fiscais e inflacionários somado à inépcia do governo federal em relação à pandemia, com a demora na imunização da população contra a covid-19 avolumando a falta de medidas no combate à disseminação do coronavírus. E uma Selic maior deve ser o desfecho desse drama nacional.

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É crescente a expectativa de que o Banco Central irá retirar do comunicado o trecho que se refere à ferramenta de orientação futura (forward guidance) sobre a Selic estável. A mensagem acompanhará o anúncio da decisão, ao final da primeira reunião deste ano do Comitê de Política Monetária (Copom). Ao final do último encontro do ano passado, o BC indicou que esse seria o primeiro passo antes do aperto.

Diante dos preços “salgados” ao consumidor - e não apenas de alimentos, mas também na conta de luz - e do risco de “furar” o “teto dos gastos” para socorrer os mais vulneráveis, ainda que sem espaço fiscal, é praticamente certa a chance de o Copom retirar o tal do forward guidance de juro estável na reunião marcada para a semana que vem. No encontro seguinte, estaria então aberta a porta para uma primeira alta no juro básico.

Há quem diga, porém, que o cenário é mais complexo e desafiador, em meio às batalhas políticas pelo comando das duas Casas no Congresso. Seja como for, pode ser prematuro fomentar a expectativa de uma alta da Selic tão logo, uma vez que o fim do auxílio emergencial em um momento de desemprego recorde combinado com novas medidas de isolamento social devem afetar novamente a economia, encurtando o fôlego da atividade para manter o ritmo de uma recuperação em "V".

Agenda tem dados de atividade

Aliás, dados de atividade no Brasil e no exterior recheiam a agenda econômica desta sexta-feira. Por aqui, sai o desempenho do varejo em novembro e a expectativa é de alta de 0,6% nas vendas, no sétimo mês seguido de alta. A mesma trajetória é esperada para o confronto anual, com o setor cravando o sexto resultado positivo seguido, de +4,40%.

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Os dados efetivos serão conhecidos às 9h e devem ser estimulados pelas compras impulsionadas pela Black Friday. Antes, às 8h, tem o primeiro IGP do mês, o IGP-10. Já no exterior, destaque para os indicadores norte-americanos sobre as vendas no varejo em pleno mês de Natal (10h30) e sobre a produção industrial também em dezembro (11h15).

Ainda na agenda dos EUA, saem o índice de preços ao produtor (PPI) em dezembro e o índice regional de atividade em Nova York, ambos às 10h30, além dos estoques das empresas em novembro e da prévia da confiança do consumidor norte-americano em janeiro, ambos às 12h.

Últimos comentários

No dia que a queda da bolsa ressuscitar vidas, esse início do seu artigo vai fazer sentido, Olivia.
Teste.
Assim como na política tem as ideologias que divide direita e esquerda, no mercado financeiro tem os comprados e vendidos, onde cada um puxa sempre pra seu lado.
Olivia, parabéns pelo artigo
nada fizerem a humanidade entra em colapso geral.
Se os grandes q nadam em volumes absurdos de dinheiro
Agora pronto, por conta de uma fatalidade que infelizmente se abate sobre Manaus por conta de anos e anos de corrupção, o mercado deve deixar de comprar ações da CSN, do Itau e da Magazine Luiza que em nada tem haver com esse problema, e com relação a ajuda da Venezuela, a mesma será feita e por uma empresa de gás que tem operações no pais, o governo Venezuelano só autorizou a ajuda.....
26 estados não tem falta de oxigênio - 1 estado está com falta crônica.  É obvio que o govenador do Amazonas dormiu no ponto.
tem gente querendo o Brasil a próxima Venezuela, lamentável!
Incrível como isso demonstrou que o estado não tem infraestrutura para receber as coisas (saia dos grandes centros e veja como é difícil levar qualquer coisa em um caminhão), mas preferimos mirar o canhão no desgoverno atual. Não me entenda mal, ele também é cúmplice da situação, mas não é de longe o único responsável por ela. Isso só mostra como o Norte é jogado as traças e ninguém se importa com a situação.
mas zero culpa do governo ESTADUAL que não fez nada por lá? Eu não nego que o Jumentismo do DILMO agravou esse absurdo lá, mas não ter infraestrutura para receber doações ou não ter estoques de O2 é muito amadorismo se não for proposital para roubar em licitações de urgência. Acordem, senhores, nosso mal é muito maior que o apenas o Biroliro. Nosso mal são os políticos querendo roubar desenfreadamente. DE TODOS OS LADOS.
doutor, se ocorrer uma corrida em massa aos hospitais de maneira proporcional à tragédia amazonense o sofrimento é dilacerante. Por isso governos, por exemplo, da Alemanha no qual conta com a melhor infraestrutura hospitalar do mundo, mesmo assim se preocupa tanto com controle sanitário. Aqui no Brasil, tá bem longe de ter um sistema público de saúde igual e ainda temos que aturar um governo Bolso que sabota e desinforma e a tragédia só não é pior graças ao SUS.
pode apontar o quanto for as falhas do Bolsonaro, só peço para que exponham a vergonha que são os governadores também. O Dória dor exemplo: -não cancelou o carnaval quando O MUNDO JÁ SOFRIA com essa porcaria -comprou ventilador chinês sendo que tem duas fábricas em SP -fechou SP -fugiu para Miami O quanto de problemas foi a própria administração estadual/municipal de lá?
Como..Venezu e lá ajudar o Brasil. A Sra. assistiu o Ministério da Saúde, força Armadas , todos juntos em operação de guerra. por gentileza: penso que devemos ter comentários técnicos. Este tipo de coisa tira a confiabilidade do site!
Muuu... gado detectado.
É por eleitores-torcedores-fanáticos como esse que o Brasil está como está, porque tentar legitimar uma gestão governamental de Bolsonaro é tentar legitimar o fracasso.
Que comentariozinho lixo desse sujeito. Sabe nada de nada e vem colocar reparo num texto absurdamente técnico. Moisés, o que está "tirando a confiabilidade do site" é a sua presença aqui. Suma desgraça! Bolsonarista desqualificado!
Como..Venezu e lá ajudar o Brasil. A Sra. assistiu o Ministério da Saúde, força Armadas , todos juntos em operação de guerra. por gentileza: penso que devemos ter comentários técnicos e não panfletos de propaganda política. Este tipo de coisa tira a confiabilidade do site!
Como..Venezu e lá ajudar o Brasil. A Sra. assistiu o Ministério da Saúde, força Armadas , todos juntos em operação de guerra. por gentileza: penso que devemos ter comentários técnicos e não panfletos de propaganda política. Este tipo de coisa tira a confiabilidade do site!
Matéria Politica ideológica ! O STF , não passou as atribuições de condução da Pandemia a Governadores é Prefeitos ?  Vai atacar eles , o vc gosta da cor vermelha . kkkkk se a resposta !
Dá pra traduzir pra língua portuguesa?
 Tá pedindo muito para esse doente mental: traduzir!
Venezuela ajudar o Brasil?? 🤣 Não seria melhor o déspota Maduro ajudar seu combalido povo primeiro?
very good thanks for sharing it all.Daniel from Brazil
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