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Investimentos: Tempo é Dinheiro? Você Vai Precisar Trabalhar Vida Inteira?

Publicado 26.01.2022, 11:10
Atualizado 09.07.2023, 07:32

“Tempo é dinheiro”! Esse aforismo está tão arraigado na nossa cultura que faz parte do nosso subconsciente coletivo, não é?

Parece que uma das grandes leis do trabalho é: quanto menos tempo você perde, mais você pode fazer e mais dinheiro você pode ganhar.

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A bem da verdade, a frase original é frequentemente atribuída ao grande Benjamin Franklin, que escreveu em 1748: “Lembre-se de que tempo é dinheiro”.

Mas a equivalência dinheiro-tempo já era um “meme” por um bom tempo antes de Franklin escrever a célebre frase. 

Na Grécia antiga, por volta do final do século V A.C., segundo historiadores, viveu Antiphon, um orador que descrevia o tempo como “o gasto mais caro” – a versão mais antiga registrada dessa ideia de interligar tempo e dinheiro. 

No entanto, a conexão entre os dois nunca permaneceu a mesma nos últimos dois milênios e, em nossa própria era de trabalho digital, estamos redefinindo a relação entre tempo e dinheiro, mais uma vez.

A frase “Tempo é dinheiro” incorpora um desejo de sucesso. Parece que a lógica por trás disso é que basta dedicar tempo suficiente e o dinheiro virá.

Talvez a frase tenha realmente se tornado “viral”, por assim dizer, por Franklin ter escrito ela bem no início da Revolução Industrial. Nessa época, os processos de fabricação da indústria do algodão estavam mudando completamente - o que antes era terceirizado em pequenas produções residenciais espalhadas pelas cidades passou a ser centralizado em uma mesma área ampla, cheia de trabalhadores. Nascia então, em meados do século 18, a Fábrica.

Como essa tendência de centralização se intensificou ainda mais quando foi inventada a energia a vapor e a produção barata de ferro, junto nasceu o Trabalhador Moderno. 

A partir dali, os trabalhadores passaram a se organizar em turnos de acordo com os ritmos da máquina - e não os seus próprios, trabalhando 12 ou mais horas por dia. 

Os salários eram baseados no número de horas trabalhadas e não na quantidade de produto produzido, como teria sido o caso no antigo sistema doméstico de trabalho por peça. 

Ali sim, o tempo virou dinheiro. Talvez Franklin tenha previsto isso – ele era conhecido por agendar rigorosamente os seus dias minuto a minuto.

De lá para cá, novas leis surgiram, a jornada de trabalho reduziu, os direitos trabalhistas foram criados, mas a dinâmica de remuneração por hora trabalhada não mudou tanto.

De fato, quem trabalha de alguma forma está trocando o seu tempo por dinheiro. Então, faz sentido dizer que vendemos nosso tempo para ter dinheiro. É como se assinássemos uma espécie de “contrato de tempo”. Mesmo quem tem seu próprio negócio assina um contrato de tempo, pois no fim do dia é o seu tempo dedicado àquela específica atividade, em troca de dinheiro.

Ah, mas não é apenas dinheiro, claro. Queremos ser úteis, produtivos, qualificados e, principalmente, reconhecidos e valorizados.

Mas o mundo mudou muito, principalmente nos últimos 10 anos. E em um mundo cada vez mais “express” e com múltiplos canais de comunicação, as pessoas se sentem cada vez mais inundadas de demandas para responderem o WhatsApp, os e-mails, as mensagens nas redes sociais. Parece que tudo é para ontem e tudo é importante. 

Em todos esses anos trabalhando com educação financeira, percebo que um caminho errado que as pessoas se colocam é o da “armadilha do padrão de vida”. É simples e funciona assim: a renda vai aumentando com o passar do tempo e o padrão de vida vai acompanhando essa melhoria. Aumentam os custos junto com os rendimentos e poucas pessoas se preocupam com o longo prazo.

As responsabilidades financeiras que as pessoas vão assumindo ao longo da vida são as principais razões que as levam a se atolar de coisas para fazer, e o medo de não conseguir pagar as contas acaba causando uma montanha de estresse e ansiedade. E fica ainda pior quando isso atrapalha o sono. Noites mal dormidas se transformam em dias mal vividos.

E aí, como já ouvimos que “tempo é dinheiro”, acabamos nos culpando quando não estamos fazendo nada. Parece ruim e até proibido não produzir ou consumir algo.

O tempo não está passando mais rápido, nós é que estamos fazendo mais coisas dentro dessas 24 horas. E um dos caminhos que você pode percorrer para melhorar sua relação com o seu tempo é melhorar sua relação com o dinheiro. Com educação financeira você planeja seu futuro e organiza suas finanças, além de equilibrar o papel do dinheiro na sua vida e, em consequência, como vai usar o seu tempo.

Isso determina se você vai continuar correndo de um lado para o outro ou se poderá caminhar e apreciar a vida que tem. Saber e reconhecer isso é libertador, principalmente quando você toma consciência dos benefícios de uma agenda equilibrada. 

Sim, nós queremos ser úteis e produtivos, mas o excesso de tarefas e atividades é tão ruim quanto a falta delas, assim como a falta de tempo pode ser tão angustiante quanto o excesso de tempo.

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