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Japão e Coreia do Sul: Porque é interessante a abertura para nossa carne

Publicado 27.10.2023, 13:00

No início de outubro o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou uma atualização das estimativas para 2023 e projeções para 2024, no cenário global de proteínas. 

Para o Brasil, a expectativa de crescimento dos embarques de carne bovina deu espaço a uma estimativa de queda de 5,1% este ano, com crescimento de 3,6% em 2024, na comparação anual. 

Como já estamos terminando outubro, essa estimativa de 2023 é mais uma constatação do que vem ocorrendo do que uma projeção. Em outras palavras, não muda muita coisa e cabe lembrar que estamos falando de recuo frente ao maior volume já embarcado, em 2022. 

Para 2024, a expectativa é de acréscimo para 2,85 milhões de toneladas equivalente carcaça (tec.) embarcadas, apenas 1,7% abaixo do maior volume já observado, de 2022.

No mesmo relatório, as projeções apontam para importações chinesas de carne bovina recuando 2,8% em 2024, após aumento, também de 2,8% em 2023. Com isso, a projeção para o próximo ano é de continuidade do patamar observado nos últimos anos. Esses números referem-se a todos os fornecedores. 

Japão e Coreia do Sul

Segundo o USDA, os maiores compradores de carne bovina em 2024 devem ser China (34,3% do total importado), seguida pelos EUA (16,2%), que compram e vendem muita carne, mas pelo cenário de preços do gado em alta no país têm se mantido como importadores líquidos. 

Na terceira e quarta posições aparecem Japão (7,3%) e Coreia do Sul (6,0%). Apesar de vendermos nossa carne para mais de uma centena de países, temos um potencial de abertura com dois, dos quatro maiores importadores. 

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Há alguns meses o ministro da Agricultura citou a expectativa de abertura do mercado japonês para a carne brasileira, possivelmente ainda em 2023. 

Sem querer prever a data para tal abertura, que é tratada há bastante tempo, trouxemos algumas considerações do porquê isso seria razoável, do ponto de vista de compradores da terra do sol nascente.

Aqui vamos estender os motivos e a análise à Coreia do Sul, que também tem sido aventada como mercado a ser aberto. Entre os grandes mercados, esses são os que nos faltam, juntamente com mais espaço nos Estados Unidos, com aumento das cotas de importação. 

Voltando ao Japão e Coreia do Sul, eles têm historicamente demandas relacionadas ao status quanto à febre aftosa, situação que tem evoluído no Brasil, com a retirada de vacinação em diversos estados. Ponto que ajuda no processo. 

A retirada da vacinação vai melhorando o cenário, mas o principal motivo dessa abertura, se for confirmada, deve ser o de sempre, o econômico.

Vamos apresentar o raciocínio de maneira conjunta pelas semelhanças, mas Japão e Coreia do Sul são duas liberações distintas. 

Como se diz nas redes sociais, siga o fio:

1. O cenário inflacionário está mais ameno que nos últimos anos, mas ainda não está resolvido. Segundo relatório de outubro do FMI, a projeção de inflação para o Japão ainda está em 2,6% para 2024. Em 2019 foi de 0,5% e de -0,9% em 2020. 

Para a Coreia do Sul, a projeção para o próximo ano está em 2,9%, frente a 0,7% em 2019 e 0,6% em 2020. A situação em Israel e o risco de entrada de mais players é um ponto importante a ser acompanhado, pelos impactos potenciais no preço do petróleo e, deste, em praticamente tudo.

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2. Os principais fornecedores de carne bovina para esses países são Austrália e Estados Unidos. Ainda de acordo com o USDA, Austrália deve aumentar as exportações em 4,6% no próximo ano, enquanto os EUA devem diminuir em 6,3% suas vendas, pela fase de menor oferta do ciclo pecuário pela qual passam. Juntando as variações esperadas para os dois países, deve ocorrer uma redução de 16 mil tec. (aumento de 70 pela Austrália e queda de 86 mil tec. nos embarques dos EUA.)

Segundo o USDA, o rebanho dos EUA deve começar 2024 no menor patamar da série, que começa em 1960. Já a Austrália, apesar da fase de preços competitivos, está sentindo efeitos do El Niño, que atrasa as chuvas no país e pode influenciar essa oferta em algum grau. Segundo a Columbia Climate School, o El Niño deve permanecer até meados de 2024. 

3. Resumindo, nos EUA, a situação de fornecimento não é boa e, no caso da Austrália, há o cenário de El Niño e a competição com compras da China, player que não existia, com o peso atual, até alguns anos atrás. 

4. Associando a evolução do cenário sanitário do Brasil à preocupação com inflação, presente no mundo e reforçada por mais uma guerra, os nossos possíveis clientes devem estar analisando com carinho a abertura de mercado para o maior fornecedor global.

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Ruim para os produtos, excelente ao consumidor brasileiro.
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