O abate do avião iraniano pelo próprio Irã foi um ponto de virada importante no imbróglio geopolítico com os EUA, iniciado com o ataque ao empreiteiro americano no Iraque e que culminou com a morte do general Soleimani.
Como citamos aqui, o Irã passa por insurgências internas há alguns anos, principalmente iniciadas durante o período da presidência de Ahmadinejad e o protagonizadas principalmente pela população mais jovens, uma das com maior nível educacional do Oriente Médio.
O infeliz abate do avião, num episódio de ‘fogo amigo’, incrementa a insatisfação interna com o regime e alimenta os protestos que eram usualmente reprimidos com o aparato de inteligência liderado por ninguém menos que o general Soleimani.
A escalada no Irã chegou ao ponto de noticiarem o ataque das forças de repressão aos protestos com munição real, ou seja, aumentando ainda mais o impacto negativo contra o atual regime.
Para os EUA, principalmente para Trump, este evento é de especial importância, pois além de escancarar a brutalidade da ditadura dos aiatolás, o coloca no “lado certo” da história, após a série recente de eventos de grande escala.
Com isso, tanto o processo de impeachment no senado esta semana ganha contornos mais favoráveis ao presidente americano, como a assinatura nesta quarta-feira do acordo comercial com a China ganha contornos diferenciados.
Liu He, secretário de comércio chinês já está a caminho de Washington e por enquanto, todos os sinais indicam que a fase-1 deve transcorrer conforme o esperado.
Os investidores observam atentos ao desenrolar dos eventos e acompanham uma agenda econômica robusta, com foco em inflações e atividade econômica no exterior e no Brasil, fortemente focada em atividade econômica.
O destaque local para a semana se concentra no IBC-Br, volume do setor de serviços e pesquisa mensal de comércio (vendas ao varejo), todos com indicação de desempenho positivo da atividade no último trimestre de 2019.
Nos EUA, destacam-se a inflação ao varejo e atacado, além das vendas ao varejo, produção industrial e mercado imobiliário, com agenda semelhante no Reino Unido e UE, enquanto na China, voltam-se as atenções para o PIB, produção industrial, desemprego e vendas ao varejo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, os mercados positivos pelo alivio das tensões EUA-Irã.
Na Ásia, dia positivo, com pressão das ações da Apple (NASDAQ:AAPL).
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 10 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro e ferro.
O petróleo abre em queda, com retrocesso das tensões.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,64%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0979 / 0,21 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,045%
Dólar / Yen : ¥ 109,89 / -0,400%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,635%
Dólar Fut. (1 m) : 4084,83 / -0,14 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,15 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,68 % aa (0,18%)
DI - Janeiro 25: 6,38 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 27: 6,74 % aa (0,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,3827% / 115.503 pontos
Dow Jones: -0,4598% / 28.824 pontos
Nasdaq: -0,2669% / 9.179 pontos
Nikkei: 0,47% / 23.851 pontos
Hang Seng: 1,11% / 28.955 pontos
ASX 200: -0,37% / 6.904 pontos
ABERTURA
DAX: 0,120% / 13499,50 pontos
CAC 40: 0,304% / 6055,47 pontos
FTSE: 0,504% / 7626,11 pontos
Ibov. Fut.: -0,54% / 115726,00 pontos
S&P Fut.: 0,279% / 3273,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,512% / 9023,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,31% / 80,45 ptos
Petróleo WTI: -0,02% / $59,02
Petróleo Brent:-0,14% / $64,90
Ouro: -0,76% / $1.550,57
Minério de Ferro: -0,01% / $93,56
Soja: 0,51% / $15,73
Milho: 0,13% / $386,25
Café: -1,72% / $117,00
Açúcar: 0,07% / $14,08