Mercado do boi gordo estável em São Paulo.
A oferta de animais terminados, apesar de melhor do que no início deste ano, vem diminuindo nos últimos dias.
Os frigoríficos paulistas têm encontrado maior dificuldade em comprar animais e alongar as escalas, que atendem entre três e quatro dias.
As recentes quedas dos preços da carne com osso no atacado, devido ao baixo escoamento da produção, têm deixado as margens de comercialização das indústrias estreitas.
Este pode ser um fator limitante para altas nos preços da arroba do boi gordo em curto prazo.
Margens das indústrias cada vez mais apertadas
O preço da carne sem osso vendida pelos frigoríficos se aproxima, cada vez mais, das cotações observadas em maio de 2015. Algo inédito no mercado. Os custos subiram, o salário aumentou, a inflação está maior e os preços nominais de 2016 são quase os mesmos de 2015. Há, inclusive, cortes que ficaram mais baratos.
Na média geral, as indústrias têm negociado a carne por preços 3,4% superiores aos de doze meses atrás. A diferença, considerando o traseiro, é menor, de 2,8%.
Isso mantém a pressão sobre o resultado das indústrias, que é pior do que o registrado no último ano, quando dezenas de plantas interromperam suas operações.
Atenção a esse indicador. Mesmo que não haja boi e que a oferta determine um viés altista para o mercado, o poder de compra reduzido dos frigoríficos limita as possibilidades de reajuste para a arroba do boi gordo.
Oferta restrita e volume reduzido vêm mantendo preços estáveis no mercado do sebo bovino
Mercado do sebo com preços andando de lado.
A oferta segue restrita, o que exerce pressão altista no mercado, contudo, o volume reduzido de negócios vem mantendo os preços estáveis.
No Brasil Central e no Rio Grande do Sul o sebo bovino está cotado em R$2,40/kg e R$2,50/kg, respectivamente, sem imposto.
Em relação ao mesmo período do ano anterior houve valorizações de 26,3% e 25,0%, na mesma ordem.
Por Felippe Reis, Juliana Serra e Alex Lopes (Scot Consultoria)