Bom dia, turma que acompanha o câmbio! Aqui no Brasil é assim, ou aproveita a onda ou espera para surfar na próxima. A próxima sempre vem! Muita calma nesta hora!
Até que estava tudo indo bem para o real. Mercado animadinho com a possibilidade de um pacote de medidas econômicas divulgado na semana passada, ainda que com ressalvas sobre se o plano é executável e críticas em relação a um foco no curto prazo. Além disso, o ministro da fazenda reiterou confiança na aprovação de uma reforma tributária neste ano e disse que quer ter a discussão sobre uma nova regra fiscal definida até abril.
Mas daí o caldo entornou. Ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou possíveis mudanças no salário mínimo. Ainda que os 1.302 reais estejam em vigor, o governo chegou a prometer um aumento para 1.320 reais e a notícia dizendo que Lula avalia elevar o salário mínimo para além desse patamar impactou negativamente o câmbio.
Lula também afirmou que o governo vai mudar a lógica para diminuir o Imposto de Renda cobrado dos mais pobres e aumentar sobre os ricos, e que vai brigar para subir o valor de isenção do IR para 5 mil reais, conforme promessa de campanha.
Em Davos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a integração dos países da América Latina e a produção de energia limpa são elementos centrais para atrair investimentos externos e promover a industrialização e o crescimento da região. Ele destacou que o processo de integração passa por investimento em infraestrutura, realização de acordos comerciais entre os países e fortalecimento do Mercosul, inclusive com a incorporação de novos membros.
O dólar à vista fechou ontem cotado a R$ 5,1613. No período da manhã abriu cotado a R$ 5,066 e no momento de maior reatividade do mercado, quando a percepção de que o aumento de gastos ia ser de grande impacto, bateu R$ 5,1748. Seguimos com grande volatilidade na esteira das notícias políticas.
No exterior havia otimismo quanto a taxa de juros norte americana, após divulgação de dados econômicos dos EUA, incluindo de preços ao produtor e de vendas no varejo, que reforçaram expectativa de altas menores de juros pelo Fed.
Mas a tarde declarações do membros do Fed que destacaram a necessidade da instituição de elevar os juros além de 5% para controlar a inflação, um patamar maior do que o precificado no mercado, fez o dólar ganhar força aqui.
Pois é galera, como eu tenho dito, vão realizando, aqui a maré vira rapidinho.
Calendário de hoje para vocês acompanharem teremos aqui no Brasil a taxa de desemprego, já na Europa conheceremos as atas das reuniões de política monetária do BCE e acompanharemos o discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde. Nos EUA, veremos pedidos iniciais por seguro desemprego, índice de atividade industrial do Fed da Filadelfia e alguns discursos de membros do Fomc.
Muito lucro e ótimos negócios a todos!