Por Alcides Torres e Felipe Fabbri
Compradores têm aberto os dias oferecendo menos pela arroba do boi gordo.
Cotações do milho perdem força na segunda quinzena de março
Após forte valorização no começo do ano, os preços do milho trabalharam firmes na primeira quinzena de março, puxados pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Mas, as cotações perderam força na segunda quinzena, com o dólar, incremento de oferta e tensões menores a respeito do conflito após um mês. Em Campinas-SP, os preços recuaram 3,6% no acumulado do mês.
Do lado das exportações, o ritmo está fraco, mas os preços elevados colaboram com o cenário de cotações firmes.
Até a terceira semana de março/22, 925,7 toneladas por dia foram embarcadas, 92,7% menos que a média de março/21. Por outro lado, o preço médio por tonelada aumentou 39,1% na mesma comparação.
Com o recuo nas cotações no mercado interno, o cereal está custando 7,4% mais este ano, em relação a janeiro do ano passado.
Com o avanço da colheita de milho primeira safra e trabalhos de plantio da segunda safra praticamente encerrados, os preços do cereal perderam força na segunda quinzena.
O dólar em queda em março também colaborou com o cenário. A moeda norte-americana esteve cotada, em média, a R$4,98 no mês, recuo de 4,1% frente à média de R$5,19 de fevereiro/22.
A Companhia Nacional de Abastecimento divulgou em 10/3 o sexto levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos (2021/22).
Com relação ao milho de primeira safra, em fase colheita no Brasil, houve revisão para baixo no relatório. A produtividade média das lavouras em relação ao estimado no relatório anterior para este ciclo foi revisada em 1,9%.
A expectativa atual é que sejam colhidas 24,3 milhões de toneladas de milho na primeira safra 2021/22, 1,4% menos que o produzido na safra 2020/21.