Ambiente conturbado em Brasília, com o pedido de exoneração de uma boa parte da equipe de Paulo Guedes. Aprovação pela Câmara na calada da noite permitindo que o teto de gastos seja ultrapassado. A área política tem mostrado mais força junto ao Presidente do que a área econômica .
Com certeza hoje será um dia bem volátil para o dólar (com viés de alta em minha opinião) com todas essas variáveis. Não vai adiantar o BC entrar com leilões extraordinários pra ver se a cotação da moeda americana desce. Se cair por causa do leilão será apenas um efeito paliativo, visto que as condições fiscais no Brasil continuam dramáticas. O COPOM se reunirá na próxima semana e com certeza o mercado já aposta em uma alta da Selic entre 125 a 150 pontos.
Vamos ver se dessa vez o COPOM estará na frente da curva de juros ou se pagará pra ver como nas reuniões passadas. O câmbio alto impacta diretamente no IPCA, aumentando a projeção de inflação que já atinge dois dígitos no acumulado.
Nos EUA um número menor de pedidos de seguro desemprego nessa semana mostra uma ligeira recuperação na área econômica. Com isso, o FED provavelmente começará o tapering em novembro mesmo. Depois disso o próximo passo do FED será um aumento na taxa de juros. Isso acaba sendo muito ruim para os emergentes, pois investidores tiram os recursos daqui, levando-os para ganhar menos mas com segurança lá fora.
Na China ainda seguem as dúvidas sobre o mercado imobiliário o que tem tirado o sono dos investidores. Na Europa o problema tem sido a energia elétrica. A produção industrial europeia ainda não se estabilizou gerando falta de alguns itens. Com baixa oferta a inflação na zona do euro tem incomodado também .
Bons negócios! E um ótimo final de semana a todos!