“Seria melhor concluir um acordo comercial com a China após as eleições presidenciais de 2020” disse Trump a repórteres em Londres.
Com esta frase, voltamos, mais uma vez, à estaca zero na guerra comercial, quando os EUA devem impor novas tarifas sobre produtos chineses até 15 de dezembro.
O caso com a França tem razões mais clara, pois introduziram um imposto sobre serviços digitais, o qual os EUA argumentam tratar injustamente as empresas de tecnologia americanas, com outros países europeus, incluindo o Reino Unido, planejando impor a mesma tarifação.
O representante do comércio dos EUA anunciou segunda-feira uma lista de produtos franceses que podem ter tarifas de até 100%, enquanto a França e a União Europeia em geral prometeram retaliar contra o avanço dos EUA sobre produtos franceses.
Para o mercado, os efeitos foram nítidos, com o mês de novembro praticamente perdido nas bolsas de valores americanas, em meio às incertezas e boatos no Bloomberg, como os de que o presidente Trump não estaria “falando sério” sobre deixar o acordo para 2020, o que inclusive afeta a abertura dos negócios hoje.
Localmente, os resultados acima das expectativas médias do PIB brasileiro, com reação em setores importantes, sem a presença do governo é um alento ao contexto no geral instável no globo, se unindo à série de indicadores econômicos do quarto trimestre que desenha uma reação ainda melhor.
Deste modo, as atenções se voltam aos indicadores de inflação e as dúvidas sobre a superestimação do hiato do produto e uma possível reação dos preços em meio à recuperação econômica.
Neste momento, esta reação é baseada em eventos caudais como o contínuo aumento do preço da carne bovina e o possível impacto em outras proteínas, porém, a surpreendente reação da atividade econômica para muitos reacende uma série de dúvidas quanto à resiliência dos preços baixos neste novo contexto.
Todos os índices inflacionários nesta semana superaram o topo das projeções do mercado financeiro, daí o foco no IPCA a ser divulgado na sexta-feira, juntamente ao Payroll.
Na agenda hoje, atenção ao ADP Employment, PMI de serviços e composto no Brasil nos EUA e a produção industrial brasileira de outubro.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com boatos de avanço na guerra comercial no terminal Bloomberg.
Na Ásia, fechamento negativo, após desenvolvimentos comerciais negativos durante a noite.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque ao minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abre em alta, com a proximidade da reunião da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -4,01%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2048 / -0,29 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,126%
Dólar / Yen : ¥ 108,70 / -0,074%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,331%
Dólar Fut. (1 m) : 4210,41 / -0,27 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,71 % aa (-0,84%)
DI - Janeiro 23: 5,90 % aa (-1,01%)
DI - Janeiro 25: 6,49 % aa (-1,22%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0259% / 108.956 pontos
Dow Jones: -1,0086% / 27.503 pontos
Nasdaq: -0,5525% / 8.521 pontos
Nikkei: -1,05% / 23.135 pontos
Hang Seng: -1,25% / 26.063 pontos
ASX 200: -1,58% / 6.607 pontos
ABERTURA
DAX: 1,055% / 13126,38 pontos
CAC 40: 1,180% / 5794,79 pontos
FTSE: 0,165% / 7170,59 pontos
Ibov. Fut.: 0,03% / 109184,00 pontos
S&P Fut.: 0,547% / 3108,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,461% / 8294,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,39% / 77,64 ptos
Petróleo WTI: 1,18% / $56,97
Petróleo Brent:1,40% / $61,86
Ouro: -0,10% / $1.474,80
Minério de Ferro: -0,52% / $87,65
Soja: -0,21% / $14,84
Milho: -0,13% / $371,50
Café: 0,28% / $123,20
Açúcar: 0,31% / $12,91