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Mercado Sustenta Otimismo

Publicado 24.08.2017, 09:07
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A Câmara adiou para hoje a votação da medida provisória (MP) que cria a nova taxa de juros de longo prazo (TLP), após os deputados discutirem a matéria por quase seis horas, em meio a requerimentos da oposição para obstruir a pauta. Mas não houve quórum para analisar o mérito da proposta, que será retomada nesta manhã (9h), com chances de ser aprovada e sustentar o otimismo dos mercados domésticos, diante da evolução favorável da pauta econômica do governo no Congresso.

O placar favorável ontem na comissão mista para encaminhar ao plenário a aprovação da MP que cria a TLP, por 17 votos a 6, elevou a confiança dos investidores nas próximas votações, seja em relação ao refinanciamento das dívidas de empresas (Refis), às novas metas fiscais ou mesmo à reforma da Previdência. A perspectiva é de que os parlamentares consigam avançar com esses temas em meio às discussões da reforma política, que ontem também teve um pequeno avanço na Câmara.

Se aprovada, a nova TLP será usada nas operações de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar projetos, substituindo a atual TJLP, que é subsidiada - e, portanto, mais baixa que a própria taxa básica de juros (Selic). A TLP também seria usada nos empréstimos concedidos por bancos ao setor produtivo, abrindo espaço para as instituições financeiras privadas oferecerem recursos para os investimentos de empresas, com condições praticadas no mercado.

A votação na Câmara é o grande evento da agenda econômica mais fraca desta quinta-feira, o que permite ao mercado doméstico assimilar os recentes anúncios de privatizações feitos pelo governo Temer, que começaram com a Eletrobras (SA:ELET3) e que chegaram até a Casa da Moeda, a fim de apreender onde o Brasil estará inserido quando assumir uma nova gestão. Esse caminho a ser trilhado pelo país a partir de 2019 começa a ser precificado com maior intensidade nos ativos brasileiros.

Ainda mais após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que o PT estuda lançar outro candidato à Presidência da República em 2018, após ele ter sido condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção no âmbito da Operação Lava Jato. Um possível nome seria o do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, com menores chances de vitória, já que nem conseguiu ser reeleito na capital e o atual, João Doria, é disputado por PSDB e DEM.

Esse cenário político, somado à dinâmica favorável da inflação, ampliou a expectativa em relação à taxa básica de juros neste ano, reforçando a percepção de que a Selic pode renovar o mínimo histórico e ficar mais perto - ou até abaixo - de 7% ao final de 2017. A trajetória benigna do ambiente interno pode permitir ao Banco Central manter o ritmo de corte em um ponto percentual (pp) não só em setembro, como também em outubro - e, quiçá, na virada deste ano para o próximo.

Porém, o mercado não ajustará tudo de uma vez. Ainda mais em dia de início do simpósio anual em

Jackson Hole. O famoso encontro de banqueiros centrais na bucólica cidade do Wyoming (EUA) reserva para amanhã o grande evento da semana, quando a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, discursam. Ainda que a fala de ambos não traga nenhuma novidade, aos menos servirá para desviar a atenção dos mercados da turbulência política na Casa Branca.

À espera de pistas sobre os próximos passos de política monetária nos Estados Unidos e na zona do euro, os investidores recebem, hoje, dados norte-americanos sobre os pedidos semanais de auxílio-desemprego (9h30) e sobre as vendas de imóveis residenciais (11h). Na Europa, destaque apenas para indicadores econômicos no Reino Unido, logo cedo. No Brasil, merecem atenção os dados sobre as operações de crédito em julho (10h30).

Nesta manhã, os mercados internacionais mostram firmeza, com os índices futuros das bolsas de Nova York e as principais bolsas europeias sustentando-se em campo positivo, após mais uma sessão mista na Ásia. O dólar se fortalece em relação às moedas de países desenvolvidos e emergentes, ao passo que o petróleo devolve os ganhos da véspera, mas se mantém acima de US$ 48, em meio à queda dos estoques norte-americanos da commodity.

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