Um estudo recente das tendências de mercado, conduzido no início de setembro, apontou que a correção observada no período não foi suficiente para estabelecer uma tendência dominante de aversão ao risco. Observando o desempenho até o fechamento do mercado no dia 8 de novembro, as condições parecem inalteradas, evidenciado pela análise de diversos pares de ETFs que servem de referência para o sentimento do mercado.
BLACK FRIDAY Antecipada: Tenha mais desconto no plano bianual com cupom “investirmelhor”
Analisando mais amplamente, por meio dos fundos de alocação de ativos globais, percebe-se que a proporção do portfólio agressivo (AOA) frente ao conservador (AOK) apresentou uma correção nos últimos tempos. Contudo, uma tendência ascendente se mantém evidente, indicando que, apesar dos recentes golpes, o interesse por ativos de maior risco ainda não se converteu em uma fuga para segurança.
No contexto americano, a relação entre o índice de ações (SPY) e o segmento de baixa volatilidade (USMV) sugere que estamos próximos de um sinal de aversão ao risco, embora ainda não confirmado. As semanas vindouras prometem ser cruciais para definir a direção, mas, no momento, a decisão parece pendente enquanto os investidores avaliam os riscos emergentes.
Por outro lado, a robustez das ações de semicondutores (SMH) em comparação com o mercado acionário geral (SPY) continua sinalizando uma tendência otimista, apesar de um recente estado de espera. Esse é um sinal positivo, já que o setor de semicondutores é tradicionalmente visto como um termômetro do apetite por risco e do ciclo econômico.
No setor imobiliário, porém, há uma visão mais preocupante. As ações deste segmento (XHB) em comparação ao mercado mais amplo (SPY) indicam prudência, reflexo do aumento das taxas hipotecárias. No entanto, caso as taxas das treasuries já tenham alcançado a máxima — questão ainda aberta a debate —, o mercado habitacional pode ter superado o pior, o que seria promissor para ativos de risco de forma geral.
Por fim, a relação entre ações e títulos (representada por SPY e BND) ainda aponta para um interesse consistente em riscos, com apenas um leve abalo na tendência de alta. Esse fator é um indicativo positivo, sugerindo que, apesar das recentes ameaças econômicas e geopolíticas, há uma resiliência no mercado que favorece investimentos mais arriscados.