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Mercados Ignoram Aumento da Inflação nos EUA ao Prever Corte de Juros Neste Mês

Publicado 16.07.2019, 08:12
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Duas medidas de inflação nos EUA vieram levemente acima do esperado na semana passada, mas os participantes do mercado rapidamente decidiram que os preços permaneceram “atenuados” e não evitarão que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) implemente um corte amplamente aguardado de 25 pontos-base na taxa de juros este mês.

Os investidores estão contando com um corte. Os três principais índices acionários dos EUA – o Dow Jones, o S&P 500 e o NASDAQ Composto – fecharam nas máximas históricas na sexta-feira.

Inflação sobe

O índice de preços ao consumidor (IPC) divulgado na quinta-feira teve o maior aumento em um ano e meio em junho, uma vez que os preços de alimentos e energia ficam de fora. Esse é o chamado núcleo da inflação, que subiu 0,3% no mês e 2,1% no ano. As previsões de mediana foram de 0,2% e 2% respectivamente.

Não foi algo tão extraordinário, já que os investidores estavam mais animados com a decisão do governo de abandonar seu plano de eliminar repasses para medicamentos, o que ameaçava gerar uma confusão na indústria farmacêutica. As ações da United American Healthcare Corp (OTC:UAHC) se valorizaram 7% e fizeram o Dow Jones Industrial cruzar a marca de 27.000 pela primeira vez.

O IPC geral, de fato, subiu apenas 0,1% no mês em junho e 1,6% no ano, em comparação com 0,1% e 1,8% respectivamente em maio.

Na sexta-feira, o índice de preços ao produtor (IPP), uma medida dos preços no atacado, também veio levemente acima do esperado. O IPP ganhou 0,1% no mês e 1,7% no ano, em comparação com previsões de 0% e 1,6% respectivamente. Em qualquer caso, foi o menor ganho na comparação anual em dois anos e meio.

O índice também subiu 0,1% em maio, mas registrou 1,8% no ano até aquele mês. Portanto, está havendo uma desaceleração nos aumentos de preço, não tanto quanto os economistas previam.

Previsão do IPC

O núcleo do IPP – novamente, retirando os preços de alimentos, energia e serviços comerciais – ficou inalterado no mês de junho, após registrar elevações de 0,4% nos últimos dois meses. O ganho na comparação anual foi de 2,1%, uma queda em relação aos 2,3% de maio.

Em teoria, o IPP é uma previsão do IPC, pois a expectativa é que os preços no atacado se reflitam nos preços ao consumidor. Por se tratar de uma medida aproximada, é provável que o IPC registre uma desaceleração no próximo mês.

Foco no Fed

Na verdade, os formuladores da política do Fed não prestam muita atenção a nenhuma dessas medidas de inflação. Eles decidiram que o índice de despesas com consumo pessoal (IDCP) rastreia melhor os aumentos de preço que as pessoas enfrentam.

O IDCP, que será divulgado no final deste mês, geralmente fica abaixo do IPC/IPP. Esse índice registrou um aumento de 0,2% no mês de maio e de 1,5% no ano, enquanto o seu núcleo apresentou elevação de 0,2% no mês e de 1,6% no ano.

Mas os investidores não se mostram angustiados com nada disso. Os analistas esmiúçam os dados – os preços de vestuário subiram, os preços de energia caíram, etc. – mas a crença geral é que um corte de juros já esteja precificado.

Corte de meio ponto é improvável

A elevação da inflação provavelmente impossibilitará um corte de meio ponto que alguns analistas otimistas esperavam, além de colocar em questão um corte em setembro, ainda previsto pelos futuros dos fundos do Fed.

Mesmo no improvável caso de que o ganho do IDCP fique em torno da meta de 2% do Fed no próximo mês, os formuladores da política do banco central não precisam deixar de cortar os juros neste momento. Há bastante tempo eles vêm dizendo que a meta deve ser “simétrica”, isto é, a inflação deve ficar vários meses acima de 2% para compensar os diversos meses em que ficou abaixo desse valor.

Inversão da curva de juros pode ser crucial

O Comitê Federal de Mercado Aberto, que se reunirá nos dias 30 e 31 de julho, provavelmente considerará que a curva de juros invertida exigirá um cuidado maior do que a inflação. Os rendimentos das letras do Tesouro de 3 meses estão acima das notas de 10 anos há mais de 30 pregões, um sinal de que pode haver uma recessão nos próximos 12 meses.

LEIA MAIS: O Mercado Está Invertendo a Curva de Juros Americana, Mas Não É Uma Recessão Iminente

Em seus dois dias de depoimentos no Congresso, na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o banco central está pronto para agir a fim de sustentar o crescimento. A instituição quer fazer com que as taxas de curto prazo fiquem abaixo das de longo prazo, e o corte da taxa dos fundos do Fed é a melhor maneira de fazer isso.

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Muito bom.
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