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Milho: Preços Apresentaram Comportamentos Distintos no Mercado Interno em Maio

Publicado 17.06.2021, 13:20
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Os preços do milho apresentaram comportamentos distintos no mercado interno em maio. Na primeira quinzena do mês, as cotações foram sustentadas pela retração de vendedores, que limitaram o volume de novas ofertas diante das preocupações quanto aos impactos da estiagem na produtividade das lavouras. Já nos últimos dias do mês, além da expectativa de melhora do clima no Brasil, a baixa dos preços internacionais e a desvalorização do dólar levaram uma parcela dos compradores domésticos a retomarem as compras no mercado internacional, pressionando os valores. Neste contexto, dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços médios subiram 3,5% no mercado de balcão (preço recebido pelo produtor) e 5,2% no de lotes (negociação entre empresas) entre abril e maio. O dólar, por sua vez, se desvalorizou 0,05% no mesmo período, com média de R$ 5,29. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa avançou apenas 0,3% no acumulado de maio, fechando a R$ 100,07/sc de 60 kg no dia 31. A média mensal, de R$ 100,71/sc de 60 kg, é 3,7% superior à de abril e é recorde real da série histórica do Cepea, iniciada em 2004 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de março/21). Já no mercado internacional, na Bolsa de Chicago, de 30 de abril e 31 de maio, o contrato Jul/21 se desvalorizou 2,45%, passando para US$ 6,5675/bushel (US$ 258,55/t) no dia 28 – dia 31 foi feriado de Memorial Day nos EUA. O contrato Set/21 recuou 3,21% em maio, indo para US$ 573,25/bushel (US$ 225,67/t).

Neste cenário, a liquidez seguiu baixa no mercado brasileiro. Boa parte dos produtores já quitou as dívidas e não teve necessidade imediata de caixa – o que fez com que muitos aguardassem valorizações mais significativas para vender novos lotes. Do lado dos consumidores, muitos preferiram consumir estoques e esperar a entrada da segunda safra de milho. O volume de importações esteve maior em maio. Segundo a Secex, considerando-se 21 dias úteis do mês, 62,2 mil toneladas do cereal foram recebidas nos portos brasileiros, volume bem superior às 8,85 mil toneladas de milho importadas no mesmo mês de 2020. Quanto às exportações, seguiram enfraquecidas, devido à baixa liquidez nos portos. Apenas 13,9 mil toneladas foram embarcadas até a terceira semana de maio, um pouco mais que a metade das 24,93 mil toneladas de milho embarcadas ao exterior em todo o mês de maio de 2020. Em relação aos preços, segundo o Cepea, a baixa foi de 1,3% no porto de Paranaguá (PR), com média mensal de R$ 85,98/sc de 60 kg. No mercado futuro, as expectativas do início da colheita em algumas regiões do Centro-Oeste e de possível clima favorável para o desenvolvimento da segunda safra pressionaram o contrato Jul/21 na B3 (SA:B3SA3), que recuou 7,8% entre 30 de abril e 31 de maio, indo para R$ 95,84/saca de 60 kg no dia 31. O vencimento Set/21 caiu 4,7%, passando para R$ 97,33/sc.

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ESTIMATIVAS – O USDA apontou que a produção mundial da temporada 2021/22 pode totalizar 1,18 bilhão de toneladas, com crescimento de 5,4% sobre a temporada anterior. O consumo doméstico, por sua vez, deve ser de 1,17 bilhão de toneladas, 2,3% maior que a da safra anterior. Com isso, os estoques de passagem podem chegar a 292 milhões de toneladas, 3,09% abaixo dos do ano anterior. Para Estados Unidos e Brasil, especificamente, os dados surpreenderam. O USDA indicou produção norte-americana de 380,76 milhões de toneladas na safra 2021/22, volume 5,7% maior que a anterior. Para o Brasil, a produção passou de 102 milhões de toneladas para 118 milhões de t. Especificamente no Brasil, de acordo com a Conab, a produtividade média pode cair 3,3% nesta safra frente à anterior. Esse resultado está atrelado principalmente aos reajustes negativos nos rendimentos no Sudeste e no Sul, de 3% e 4,9%, respectivamente. Em termos agregados, ainda segundo a Conab, a safra brasileira de milho deve atingir 106,41 milhões de toneladas, aumento de 3,7% em relação à de 2019/20. Dados divulgados pelo Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) no final de maio estimam quedas na produtividade e, consequentemente, na produção de Mato Grosso. Essa redução é reflexo da semeadura fora da janela ideal e do baixo volume de chuvas. Agora, a produtividade é estimada em 93,8 sacas por hectare, e a produção, em 32 milhões de toneladas, respectivas diminuições de 14% e de 9,7% frente à safra anterior. Em Mato Grosso do Sul, dados da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) mostram que, apesar de a semeadura de 44% das lavouras ter ocorrido fora da janela ideal, o aumento de 5,7% da área pode levar a produção estadual para 9 milhões de toneladas, 4% maior que a da temporada 2019/20.

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CAMPO – No Rio Grande do Sul, de acordo com dados da Emater/RS divulgados em 27 de maio, 90% das áreas de milho verão foram colhidas e outros 9% estão em maturação e 1% está em enchimento de grãos. No Paraná, dados da Seab/Deral indicaram que, até o dia 31, cerca de 1% da segunda safra foi colhida. Quantos às fases, 44% estavam em floração, 41%, em frutificação, 8%, em desenvolvimento vegetativo e 7%, em maturação. Apenas 22% das lavouras foram classificadas em boas condições, 46%, em médias e 32%, em ruins.

MERCADO INTERNACIONAL – A Bolsa de Cereales de Buenos Aires apontou que, até o dia 27, cerca de 31% da área na Argentina havia sido colhida, avanço semanal de 3,3 p.p. A produtividade média está em 8,5 t/ha, o que ainda permite estimar produção de 46 milhões de toneladas, 5,5 milhões a menos que a temporada 2019/20. Nos Estados Unidos, segundo relatório divulgado em 1º de junho pelo USDA, 95% da safra norte-americana de milho 2021/22 havia sido plantada, acima da média dos últimos cinco anos (87%) e equivalente ao mesmo período do ano passado (92%).

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