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Nos Vemos em Setembro

Publicado 16.06.2014, 13:22
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O mercado futuro de açúcar em NY fechou a semana ligeiramente em alta em relação à sexta-feira passada, com o vencimento julho/2014 encerrando o pregão a 17.04 centavos de dólar por libra-peso, com variação positiva de 12 pontos (pouco mais de 2.50 dólares por tonelada). O mercado físico de exportação foi do mesmo modo levemente melhor com os descontos alcançando 35 pontos (estavam em 45-50). Negócios foram reportados tendo a China e Dubai como principal destino.

O alinhamento dos preços futuros com os vencimentos mais longos ensaia, ainda que de maneira bem tímida, a percepção de que adiante podemos ver um ciclo mais positivo para o açúcar. Mas enquanto isso, o mercado está na sala de UTI da demanda.

Os fundos reduziram na semana (considerada de terça a terça) a posição comprada que possuíam em 30.000 contratos. Liquidaram esse volume e o mercado caiu apenas 25 pontos, isso equivale a vender 1.200 contratos para que o mercado movesse apenas 1 pontinho para baixo. Na outra ponta, cobrindo as posições vendidas a descoberto estavam as tradings. O quadro parece bem construtivo quando isso ocorre. Em outras palavras, NY pode continuar a subir na próxima semana. Comemore com moderação.

Temos de um lado os baixistas, que lucram com o excesso de açúcar no mercado mundial afetando o primeiro vencimento do contrato futuro em NY e, de outro, os altistas que estão convictos que as coisas no segundo semestre, próximo a setembro quando expira o contrato de outubro/2014, já terão refletidas a menor moagem do que se espera hoje no Centro-Sul e, quiçá, uma ajuda do clima. Setembro pode ser um ponto de virada para os preços.

No verão de 1966, uma música de um grupo chamado "The Happenings" explodiu nas paradas de sucesso alcançando o 3º lugar na Billboard nos Estados Unidos e lá permanecendo por várias semanas. No Brasil, ela chegou em 1º lugar logo no início de 1967: trata-se de “See You in September”. Essa poderia ser a música tema para o mercado de açúcar nesses dias.

O preço médio do açúcar em NY no mês de março foi de 936 reais por tonelada, convertidos pelo fechamento do primeiro contrato em negociação na bolsa convertido em reais pelo fechamento da moeda pelo Banco Central. Em abril, com a piora significativa da demanda, esse preço despencou para 871 reais por tonelada. Em maio, chegamos na média de 891 reais por tonelada. Não seria razoável admitir que esse preço pode repetir a performance de março quando o mercado tiver um melhor sentimento de quanto será moído pelo Centro-Sul? 18.30 centavos de dólar por libra-peso já seria o suficiente para alcançar essa meta.

O petróleo fechou a semana em pouco mais de US$ 106 o barril. Isso representaria uma gasolina na bomba (caso o Brasil seguisse o mercado internacional) de R$ 3,21 o litro.

Quanto mais Dilma cai nas pesquisas para as eleições presidenciais de outubro, mais o mercado se anima. Há 25 anos que o Brasil não via uma situação em que a continuidade do governo fosse traduzida negativamente pelo mercado com tanta incerteza. Alguns analistas acreditam, por exemplo, que os ativos no país estão subvalorizados em 30%. A saída do PT do governo poderia significar um crescimento de 40% no índice Bovespa, apostam. Mudança estrutural na política de formação de preços dos combustíveis pode favorecer o etanol e consequentemente trazer maior suporte ao preço do açúcar no mercado internacional.

Um banco fez circular entre seus clientes na semana passada um curioso prognóstico baseado em sabe-se lá qual modelo matemático que dava conta que a final da Copa do Mundo seria jogada entre as seleções da Espanha e da Argentina. Depois desse trator holandês que passou por cima dos atuais campeões mundiais me pergunto qual será o paradeiro do criador do tal modelo?

A Archer está promovendo o I Curso Avançado de Opções Agrícolas, atendendo a pedidos de vários segmentos do agronegócio. Serão dois dias de curso focados exclusivamente em opções sobre commodities agrícolas. O curso ocorre dias 29 e 30 de julho em São Paulo.

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