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A Nvidia (BVMF:NVDC34) (NASDAQ:NVDA) disparou para novas máximas históricas no pré-mercado desta terça-feira, 15 de julho de 2025, alcançando US$ 172,38 (+US$ 8,31, +5,06%) após a notícia de que o governo dos Estados Unidos permitirá a retomada das vendas dos chips H20 de inteligência artificial da companhia para a China.
A decisão representa uma inflexão relevante em relação às restrições de exportação impostas em abril, que haviam paralisado as remessas dos chips H20 para o mercado chinês. A mudança ocorre após uma reunião estratégica entre o CEO da Nvidia, Jensen Huang, e o presidente Donald Trump, evidenciando a crescente conexão entre liderança tecnológica em IA e política comercial internacional.
Nvidia retoma vendas críticas para a China após flexibilização das restrições de exportação
A liberação para retomada das vendas dos chips H20 à China representa um ponto de inflexão para a Nvidia, que vinha sendo fortemente afetada pelas restrições comerciais impostas pelos EUA em abril de 2025. Desenvolvidos para atender às exigências anteriores de controle de exportações e, ao mesmo tempo, às necessidades do mercado chinês, os chips H20 passaram a exigir licenciamento especial, o que inviabilizou sua comercialização. Jensen Huang chegou a declarar que essas restrições já haviam reduzido pela metade a participação da Nvidia na China — o que torna essa reversão especialmente relevante para as receitas globais da empresa.
A mudança de política foi resultado direto da reunião entre Huang e Trump, ocasião em que o CEO reforçou o compromisso da Nvidia com a geração de empregos nos EUA e com a liderança nacional no setor de inteligência artificial.
A medida está inserida em um acordo comercial preliminar mais amplo entre Washington e Pequim, que inclui a flexibilização mútua de controles de exportação e restrições sobre terras raras.
O contexto sugere que os esforços de lobby da Nvidia e a conjuntura geopolítica contribuíram para a criação de um ambiente favorável à retomada das relações comerciais em tecnologia com a China.
Analistas de mercado classificaram a decisão como uma surpresa que pode atuar como novo catalisador de crescimento para a companhia nos próximos trimestres.
Ações da NVDA alcançam nova máxima histórica
A alta expressiva para US$ 172,38 no pré-mercado representa uma valorização de 5,06% em relação ao fechamento anterior, de US$ 164,07, e sinaliza uma forte reação positiva dos investidores diante da reabertura comercial com a China. Na sessão regular de segunda-feira, o papel havia recuado 0,85%, tornando o movimento desta manhã ainda mais expressivo.
Com valor de mercado atual de US$ 4,001 trilhões, a Nvidia preserva sua posição entre as empresas mais valiosas do mundo, sustentada por fundamentos robustos, como margem de lucro de 51,69% e retorno sobre o patrimônio líquido de 115,46%.
O desempenho recente tem sido consistente em diferentes horizontes de tempo: no acumulado de 2025, as ações sobem 22,20%, superando com folga o avanço de 6,58% do S&P 500. Em um horizonte de cinco anos, a valorização chega a impressionantes 1.486,30%, frente aos 96,04% do índice amplo, refletindo a liderança da empresa na revolução da IA.
As projeções dos analistas variam entre US$ 100 e US$ 250, com média de US$ 173,92, sugerindo que a ação opera próxima do preço-justo, mesmo após a recente valorização.
O cenário técnico e fundamentalista segue favorável: a empresa registrou receita de US$ 148,51 bilhões nos últimos doze meses e lucro líquido de US$ 76,77 bilhões no mesmo período.
Os múltiplos prospectivos indicam um P/L de 38,31, com expectativa de crescimento de lucros compatível com esse nível de valuation. A combinação entre retomada das vendas para a China, demanda doméstica aquecida e liderança em computação via GPU reforça o potencial de crescimento da Nvidia, embora o investidor deva acompanhar atentamente os desdobramentos geopolíticos que possam afetar futuras políticas de exportação.
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