- A companhia apresentou um balanço sólido, com alta de 5% nas ações após o fechamento do mercado;
- O crescimento foi liderado pela divisão de data centers, enquanto o segmento de games avançou 42% em relação ao ano anterior;
- Restrições às exportações para a China levaram à baixa contábil de US$ 2,5 bilhões; os riscos permanecem no radar;
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A NVIDIA Corporation (NASDAQ:NVDA) manteve o hábito de ser a última entre as big techs a divulgar seus resultados trimestrais, e o fez novamente desta vez. Os números apresentados após o fechamento de ontem foram bem recebidos, com as ações subindo 5% nas negociações estendidas.
Além do balanço, a diretoria da empresa reforçou o tom otimista adotado no trimestre anterior. O CEO Jensen Huang destacou que o novo produto da companhia, o Blackwell NVL72, posiciona a Nvidia no centro da revolução global da inteligência artificial. Segundo ele, essa tendência tende a se acelerar ainda mais, o que deve intensificar a demanda por seus produtos.
Apesar das dificuldades enfrentadas com as exportações para a China, o cenário permanece favorável para a continuidade da valorização dos papéis.
Nvidia mantém sequência de resultados acima do esperado
No primeiro trimestre do ano fiscal de 2026, a empresa voltou a superar projeções tanto de receita quanto de lucro por ação, desempenho que se repete há mais de dois anos, trimestre após trimestre.
O segmento de data centers continua sendo o principal vetor de receita da companhia, somando US$ 39,1 bilhões, alta de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a divisão de games, embora represente uma fatia menor, teve crescimento expressivo: receita de US$ 3,8 bilhões, com avanço anual de 42%, reforçando perspectivas positivas.
No plano estratégico, a Nvidia anunciou a construção de fábricas nos Estados Unidos, em parceria com outros players. Essas unidades devem formar a espinha dorsal da infraestrutura de supercomputação baseada em seus chips mais avançados. A companhia também revelou que investimentos semelhantes estão sendo planejados na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos.
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Restrições à China pressionam projeções
Apesar do tom positivo, a Nvidia enfrenta obstáculos relevantes em seu horizonte. O principal desafio vem das restrições impostas às exportações de tecnologia avançada para a China, um de seus mercados-chave. No mês passado, foi confirmado que a venda de chips H20 ao país asiático exigirá licenças especiais. Como consequência, a empresa teve de provisionar US$ 2,5 bilhões em vendas não realizadas.
A expectativa é que as perdas aumentem. No próximo trimestre, a companhia pode registrar baixa contábil de até US$ 8 bilhões, pelas mesmas razões. Ainda assim, a projeção oficial é de uma receita em torno de US$ 45 bilhões, com margem de variação de 2%.
Análise técnica da ação da Nvidia
Nas negociações após o fechamento do mercado, os papéis da Nvidia giravam em torno de US$ 141, patamar onde há forte pressão vendedora. Se conseguir superar essa faixa, algo que parece provável, o ativo pode avançar rumo à máxima histórica, próxima de US$ 152.
Caso a linha inclinada de alta de curto prazo seja rompida, isso não deve indicar reversão da tendência principal, mas pode gerar uma correção até o nível de suporte na região de US$ 122.
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