As ações da Nvidia (NASDAQ:NVDA) avançaram 3,16% e fecharam cotadas a US$ 141,72 após o banco Jefferies incluir a fabricante de chips de inteligência artificial em sua lista de maior convicção. A instituição estima que as margens da empresa podem atingir 80% ainda este ano, puxadas pela forte demanda pelos chips da linha Blackwell. A revisão positiva do Jefferies reflete a confiança crescente na transição da Nvidia de fornecedora de semicondutores para uma plataforma completa de infraestrutura em IA, com capacidade inédita de precificação.
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Ações sobem após recomendação
Na sessão de 3 de junho de 2025, as ações da Nvidia registraram alta de 3,16%, negociadas a US$ 141,72, após o Jefferies destacar o potencial de expansão expressiva das margens da companhia. A gigante dos semicondutores acumula retorno de 5,55% no ano, contra 1,37% do S&P 500.
No acumulado de 12 meses, a Nvidia entregou retorno de 23,28%, superando os 12,85% do índice de referência. Em três anos, os papéis sobem impressionantes 658,28%, frente a 45,11% do mercado, enquanto o retorno em cinco anos é ainda mais expressivo: 1.522,07%, frente a 90,92% do S&P 500. Esses números ilustram a transformação da empresa de fabricante de placas gráficas para líder global em infraestrutura de IA.
Com valor de mercado de US$ 3,456 trilhões, a Nvidia figura entre as empresas mais valiosas do mundo. As ações operam dentro de uma faixa de 52 semanas entre US$ 86,62 e US$ 153,13, refletindo a confiança dos investidores no domínio da empresa no setor de IA. Os indicadores financeiros reforçam essa posição: P/L histórico de 44,32, P/L projetado de 31,35 e margem de lucro de 51,69%.
A companhia também apresenta retorno sobre patrimônio de 115,46% e retorno sobre ativos de 53,24%, o que evidencia a eficiência do modelo de negócios focado em inteligência artificial.
Jefferies projeta margens de até 80%
O analista Blayne Curtis, do Jefferies, incluiu a Nvidia na lista de apostas mais fortes do banco, citando o aumento na produção dos chips Blackwell como principal motor da ampliação das margens. A estimativa é que a margem bruta da empresa possa saltar dos atuais 61% para até 80% ao longo de 2025.
Margens nesse patamar são raras até mesmo entre empresas de software e praticamente inexistentes no setor de hardware, reforçando o poder de precificação da Nvidia e sua posição dominante em aceleração de IA.
A projeção se baseia no avanço da arquitetura Blackwell, que representa um salto tecnológico sobre gerações anteriores e justifica preços mais elevados. Segundo Curtis, o ganho de margem decorre não apenas do aumento de volume, mas do valor agregado dos chips, que são componentes críticos em aplicações como modelos de linguagem e sistemas autônomos.
Margens nesse nível colocariam a Nvidia entre as empresas de hardware mais lucrativas da história, com desempenho comparável ao de gigantes do setor de software, sem abrir mão das vantagens de escala da fabricação de semicondutores. A análise indica que os clientes estão dispostos a pagar mais pelos chips Blackwell por sua performance superior e importância estratégica em cargas de trabalho de IA, que exigem altíssimo desempenho.
O Jefferies destacou ainda a mudança estratégica da Nvidia: de fornecedora de chips isolados para uma plataforma integrada de hardware, software e sistemas voltada a inteligência artificial. A empresa passou a atender clientes como data centers de grande porte e fundos hedge com soluções completas, em vez de componentes individuais.
Esse modelo permite capturar mais valor por cliente e cria fontes recorrentes de receita por meio de licenciamento contínuo de software e serviços de suporte. A plataforma CUDA tornou-se infraestrutura crítica para o desenvolvimento em IA, elevando os custos de troca para os clientes e garantindo novas receitas mesmo após a venda de hardware.
A implantação em larga escala das soluções da Nvidia deve sustentar a lucratividade, acompanhando a disseminação das aplicações de IA em diversos setores, de gigantes da nuvem a instituições financeiras que adotam estratégias de trading baseadas em IA.
Essa abordagem integrada fortalece o relacionamento com os clientes e cria barreiras de entrada para a concorrência, já que empresas passam a depender da combinação de hardware e software da Nvidia. O Jefferies afirma que essa evolução permite à empresa capturar valor em toda a cadeia de IA, expandindo de forma estrutural seu mercado endereçável.
Fundamentos robustos sustentam o crescimento
A base financeira da Nvidia oferece suporte sólido à expansão das margens e da receita. Nos últimos 12 meses, a companhia gerou US$ 148,51 bilhões em receita e US$ 76,77 bilhões em lucro líquido, demonstrando escala e rentabilidade expressivas.
Com US$ 53,69 bilhões em caixa e uma relação dívida/patrimônio de apenas 12,27%, a empresa dispõe de ampla flexibilidade para investir em P&D ou aquisições. O fluxo de caixa livre alavancado totaliza US$ 55,44 bilhões, refletindo a capacidade do modelo de negócios voltado à IA de gerar recursos e remunerar os acionistas enquanto financia novas inovações.
O lucro diluído por ação foi de US$ 3,10, com projeção de US$ 1,00 para o próximo trimestre. A receita tem crescido de forma consistente, no trimestre mais recente, foram US$ 44,06 bilhões em receita e US$ 19,89 bilhões em lucro, refletindo a demanda sustentada por infraestrutura de IA.
As projeções de preço dos analistas para a ação da Nvidia variam de US$ 100 a US$ 220, com média de US$ 170,76, indicando potencial de valorização mesmo após a alta recente. O conjunto de fundamentos financeiros robustos, posição dominante e expansão das margens dá suporte à visão otimista do Jefferies e à inclusão da ação na lista de convicção máxima da casa.
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