Se o mercado financeiro fosse um campeonato de futebol, o favorito à taça seria o time de cripto. Que já tem mais investidores brasileiros do que a B3 (SA:B3SA3) tem em número de CPFs cadastrados. E, já existem mais cotistas em ETF de criptoativos do que o BOVA11.
A pergunta é: como isso aconteceu?
O fácil acesso aos criptoativos fez com que o crescimento da categoria fosse vertiginoso e, embora o Bitcoin seja o artilheiro queridinho da torcida, sua principal jogada é ser um meio de troca.
Os torcedores mais radicais até alertam para a possibilidade do Bitcoin substituir o dólar em alguns anos. Mas, cripto não é só Bitcoin, existem outros jogadores. Os NFTs e “finanças descentralizadas” (ou DeFi - Decentralized Finance) também têm grande relevância na história do time.
Ainda é difícil saber para onde caminharão as criptomoedas. Porém, não é difícil imaginar uma trajetória similar ao caso do jogador Vinicius Jr, que foi comprado quatro anos atrás por 45 milhões de euros e teve um salto de 270% no "seu valor" (hoje, o equivalente a 121 milhões de euros).
Além da possibilidade da assimetria de payoff dos criptoativos e de sua valorização em si, ainda é possível encontrar uma modalidade para receber renda adicional, sem incorrer em riscos muito elevados, já que muitas plataformas de DeFi disponibilizam para o investidor a possibilidade de alocar seus tokens e receber rendimentos em dólar.
Essa estrutura é similar ao de uma renda passiva de investimentos tradicionais, e alguns têm rendimentos na casa dos dois ou três dígitos ao ano. Totalmente independente de fatores macroeconômicos e, sem necessariamente, ter exposição à volatilidade inerente à classe de cripto, uma vez que se utilize as chamadas stablecoins. Versões tokenizadas das moedas fiduciárias tradicionais como o Dólar, Euro e até o nosso Real.
Já as NFTs (sigla para “Non-Fungible Token”) que representam uma forma de registro de propriedade para bens não fungíveis em uma rede descentralizada, no último ano, ganharam os holofotes. Isso ocorreu especialmente por conta da negociação de “mídias digitais”, no entanto, essa tecnologia tem potencial para endereçar também uma gama enorme de bens não fungíveis “não digitais”, tais como imóveis/propriedades, veículos, licenças, certificados e propriedade intelectual.
Apesar de todo esse contexto, ao "apostar" nesse mercado lembre-se que em um time cada jogador tem seu papel, e o mais importante sempre é a composição geral do time. Por isso não dispense uma boa dose de estratégia e nem o acompanhamento de especialistas.