O Brasil vive um desarranjo generalizado em um momento em que a atividade econômica não anda lá essas coisas.
Já temos os dados referentes a agosto do setor de serviços e varejo (houve uma queda que ninguém imaginava). O setor de serviços ainda se recupera, mas continua patinando. A produção industrial também caiu em agosto. Aliás, já são três meses de queda de produção industrial.
Com esses dados ruins, talvez ainda possamos ter um crescimento de 0,5% no terceiro trimestre. Com isso, as projeções já apontam 2022 com um crescimento pífio na casa de 1,5%, considerando, na melhor das hipóteses, 2% de crescimento.
Se considerarmos que a taxa de juros siga nesse ritmo de elevação, podemos ter uma taxa acima de 10%. Aí, meus amigos, crescimento 0% para 2022.
Traduzindo tudo isso, uma crise mais pronunciada pode vir por aí, com juros altos e desemprego elevado correndo na casa de 14%. Se considerarmos os desalentados, esse número pula para mais de 22%, além da forte desvalorização da moeda brasileira.
Com base nessas informações, os economistas calculam o índice da miséria (soma do desemprego + inflação), exemplo 2021 inflação de 2021 10% + desemprego em 14% = Índice da miséria 24%. Para vocês terem noção é o número mais elevado em uma década aqui no Brasil.
Para comparar em 2016 e 2017 tínhamos desemprego alto, porém inflação em 2%, contudo o índice da miséria estava entre 15 e 16%.
Conclusão: As perspectivas não estão nada tranquilas para os próximos anos de Brasil.