A semana anterior ‘travada’ pelo feriado do dia 20 foi marcada por três eventos importantes para o mercado financeiro: a alta do dólar em nível internacional e local; a ausência de avanços na guerra comercial EUA-China e; diversas casas estrangeiras recomendando o Brasil como alvo de investimentos em 2020.
Neste sentido, o fechamento do iBovespa positivo em 2% fez sentido, principalmente com a percepção de que os principais alvos de mercados emergentes estão se desgastando, como os países asiáticos, ou registraram problemas recentes como África do Sul, Argentina, México, Chile, entre outros.
Após um ciclo de quase 11 anos de baixo valor, o dólar em 2014 ganhou impulso renovado, saindo da média de 80 pontos no índice DXY, para a atual média de 98 pontos.
Para alguns analistas, a resistência neste ponto é forte, porém as moedas que compõem o índice, como citamos semana anterior, também tem dificuldade em avançar, em especial o Euro, o Yen e a Libra, devido a problemas individuais de cada uma.
Com a série de países problemáticos como os citados acima, o índice MSCI para mercados emergentes, o qual usualmente representa um movimento inverso ao dólar tem há um mês avançado junto à divisa norte americana.
Neste sentido, começa a se evidenciar aquilo que citamos constantemente, o dólar não tem muito mais para onde ir, pois demonstra a atual movimentação provavelmente por falta de uma alternativa viável de investimento em nível global.
Ao mesmo tempo, os países que conseguirem emitir sinais positivos em 2020, no contra-ciclo da tendência global de uma possível recessão, tendem a se tornar alvos importantes de investimento.
É impossível se prever quando e com que intensidade isso deve acontecer, porém o Brasil continua a colecionar ativos suficientes para que isso se torne uma realidade, principalmente se houver algum arremedo de avanço na guerra comercial EUA-China antes do segundo semestre.
Para a semana mais curta nos EUA, as atenções continuam voltadas no exterior à guerra comercial, audiências de impeachment do presidente Trump e questões geopolíticas.
A agenda econômica reserva o PIB americano e no Brasil, IGP-M, resultados fiscais, setor externo, desemprego e arrecadação de impostos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com mais uma tentativa de acordo comercial.