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O Dólar Sensibilizou o Desapontamento Com o Resultado do Megaleilão do Pré-Sal!

Publicado 07.11.2019, 08:08
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Havia temores que as empresas estrangeiras não seriam tão agressivas nos lances para a cessão onerosa, em especial após as desistências da francesa Total e da britânica BP, mas a resultante apontando a Petrobras levando 90% do Consórcio Búzios causou enorme frustração, pois havia foco na maior participação das empresas estrangeiras e com isto um impacto extremamente favorável no fluxo cambial para o país.

Reação intempestiva e naturalmente com maior intensidade do que o fato em si reverteu o preço da moeda americana da abertura em torno de R$ 3,97, com viés de baixa ante a expectativa favorável, para algo como R$ 4,08 colocando todo o peso da decepção com a frustração sobre eventuais fluxos de dólares para o país, na cotação.

Como o país atravessa um período de fluxo cambial adverso que envolve uma diferença substantiva de US$ 40,0 Bi líquidos na comparação entre os mesmos períodos de 2018 e 2019, o evento era visto como capaz de prover o país com relevante reversão, ainda que parcial, no saldo negativo líquido deste ano, pouco mais de US$ 20,0 Bi.

De forma geral, os ativos do mercado financeiro reagiram mal e evidenciaram nos seus comportamentos a frustração, e Petrobras ficou sob foco cerrado, já que com a aquisição, certamente, poderá se questionar a sua capacidade de levar a desalavancagem em curso que tem metas ambiciosas para 2020. Contudo, o CEO da Petrobras informou que a empresa dispõe de “caixa” e não vai alterar os planos de redução do endividamento.

Mas em termos efetivos e fundamentados a frustração impactante na formação do preço do câmbio é o mais consistente e procedente, tendo em vista que a perspectiva ancorada no fluxo esperado tinha grande peso, sugerindo até que se pudesse ter um impulso concreto para que o preço da moeda americana recuasse ao em torno de R$ 3,80.

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No câmbio o efeito negativo deve encontrar maior sustentabilidade, embora no todo do mercado financeiro os aspectos de impactos financeiros na Petrobras deverão se acomodar com rapidez e continuar o ambiente de otimismo, fortalecido com o novo programa apresentado pelo governo através 3 PEC´s que, com raríssimas exceções, foram muito bem recebidas.

O país inquestionavelmente está na direção certa, falta, contudo, ganhar intensidade na sua recuperação da atividade, que é fundamental para gerar emprego, renda e consumo.

A continuidade das ações positivas governamentais fortalece as perspectivas de recuperação da atratividade do país junto a investidores estrangeiros, e desta forma, permanece presente a perspectiva de reversão para positivo no curto prazo dos fluxos de recursos para o país.

A frustração pode inviabilizar a nossa perspectiva de câmbio abaixo de R$ 4,00 ao final do ano, o fato novo neutraliza o viés otimista que poderia conduzir o preço ao em torno de R$ 3,80, bastante provável na nossa visão com base na expectativa de participação efetiva de empresas estrangeiras no leilão do pré-sal e substantivo incremento no fluxo cambial.

O fluxo cambial líquido do mês de outubro foi negativo em US$ 8,494 Bi, resultante de positivo comercial US$ 262,0 mm e negativo financeiro US$ 8,756 Bi, segundo maior negativo do ano. O fluxo cambial líquido do ano está em US$ 21,904 Bi até o dia 1º de novembro. Na comparação entre 2018/2019 o fluxo líquido negativo é de US$ 39,348 Bi.

Os bancos autorizados a operar em câmbio registram no fechamento de outubro posição vendida total de US$ 23,650 Bi, e tomaram até o momento US$ 9,850 Bi de linhas de financiamento em moeda estrangeira com recompra do BC e compraram dólares a vista do BC desde agosto até outubro o total de US$ 22,815 Bi, que possibilitou ao BC reduzir em termos efetivos as reservas cambiais brasileiras para US$ 369,836 Bi em outubro, já que a contraposição de swaps cambiais reduzida com swaps cambiais reversos não envolve dólares efetivos por serem tão somente derivativos liquidáveis por diferença em reais.

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A estimativa de fluxo cambial com o megaleilão era da ordem de US$ 8,5 Bi, e o resultado sugere tão somente US$ 1,7 Bi.

Enfim, o desapontamento com os resultados do leilão do pré-sal sobre as expectativas até então presentes de fluxo cambial dá sustentação ao preço da moeda americana num piso próximo de R$ 4,00, contendo o viés de baixa mais intensa que estava se viabilizando como provável.

Últimos comentários

13 milhões de brasileiros em estado de miséria. Maior insegurança para investir do que isso. A inclusão no mercado de milhares foi destruída em poucos anos por uma lava jato que desgraçou com grandes e poderosas geradoras de empregos. Quem vai investir em um país que destrói instituições que confundem as pessoas físicas com as jurídicas. Não é uma questão meramente econômica, mas de um país que sacramentou a insegurança política como uma forma de governo. Precisamos de um grande político que consiga romper este nó, caso contrário o que está ocorrendo no Chile hoje será apenas um epílogo do que será o nosso próximo capítulo.
Sob o aspecto da analise do fluxo cambial o artigo é perfeito. Sobre a afirmação que o país está no rumo certo só se for o de “Alice no país das maravilhas”. Não estamos crescendo e não vamos crescer, além de nos tornarmos párias ambientais e um grande risco social pela miséria que só faz aumentar há quatro anos.
Existe uma massa de $$$ especulativo de estrangeiros que está deixando o país em virtude da queda dos juros. O que precisamos é atrair mais capital produtivo que com melhora no PIB devem chegar em 2020. O importante é o Brasil continuar seu dever de casa. (reformas)
O Governo o certo é deixar o dólar subir aos poucos, já gastou 20 Bilhões da Reserva que estava em 390 Bi agora dia 5 estava com 370 Bi. Deixa nos R$ 4,10 e R$ 4,15 para segurar as exportações e impedir as importações de grande porte de consumo os Tal eletrônicos que são bilhões em Smartphones que vão para o Oriente. Claro temos o problema também de importações como os adubos que acompanham o valor da moeda americana, do mesmo jeito que nossas comodities.
Hmmm. Mudou o discurso dos 3,80? E continua insistindo em entrada de recursos estrangeiros? Mesmo CIENTE (apesar de cinicamente se posicionar contrario) que o pais esta extremamente mal visto tanto no ambiente politico quanto economico? Por favor LISTE o que possivelmente traria INVESTIMENTO estrangeiro para o pais? Que so produz commodities e mais nada? Uma industria ridicula que so sobrevive devido a taxacao de produtos estrangeiros muito superiores EM QUALQUER AREA?
excelente reflexão .
Respeito sua análise sem, entretanto, concordar com ela! A saída de capital estrangeiro em suas mais diversas formas é uma tendência há mais de ano (tempo) e volume. Um leilão (mega?, por quê??) reverterá esta tendência? Será que os fundamentos estão adequados? Se sim, por quê o capital externo não fica? A atratividade dos nossos investimentos produtivos (TIR) é inferior ao obtido no mercado financeiro externo?
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