Caros leitores,
Este artigo se destina a demonstrar os malefícios que a intervenção excessiva do Estado vem causando a OIBR3, o que se verifica por meio do mercado de ações, pois impõem inúmeras obrigações e encargos à OIBR3, que lhe tolhem a iniciativa e a possibilidade de medidas estratégicas competitivas, perdendo lucratividade, bem como market share para suas concorrentes, consoante se infere avante.
A OIBR3 apresentou balanço do segundo trimestre de 2019, apurando prejuízo de R$ 1.71 milhão, visto que está consumindo todas as suas reservas para manter sua atividade empresarial, entre estas despesas estão os custos operacionais, entre cumprimento de obrigações de cunho intervencionista.
Inúmeros sites circulam informações sobre a troca do CEO que foi declarado pelos acionistas como “advogado talentoso” por outro gestor com maior experiência e foco estratégico.
Cabe esclarecer que a troca do CEO que melhoraria os ânimos dos acionistas infelizmente não pode se dar de forma imediata, visto que a OIBR3 está em recuperação judicial desde 2016, logo necessita de autorização judicial para que realize tal empreitada.
E ao se constatar no andamento do processo n. 0203711-65.2016.8.19.0001, verifica-se que o processo está com o Juiz para decisão, e conforme constam informações de que os advogados já solicitaram urgência nas medidas necessárias.
Além disto, parte do déficit da operação da OIBR3, deve-se ao fato do Brasil ser um país com passado intervencionista, impedindo a OIBR3 torne-se mais competitiva, visto que cedeu mercado para as concorrentes, e há inúmeras críticas quanto a defasagem tecnológica.
A constante presença do Estado impede a sobrevida da OIBR3, o intervencionismo excessivo tem constantemente causado claras distorções nos custos da empresa. Isto é verificável por meio do gráfico diário, que no período de 09.08.2019 à 20.08.2019, a OIBR3 teve desvalorização de 70,08%, conforme se verifica no gráfico.
Em que pese o cenário externo já mencionado em artigo anterior, a divulgação de venda parcial ou total da empresa, os investidores receberam positivamente a notícia, o que levou o ativo a sair de R$ 0,73 à R$ 0,82, com máxima de R$ 0,90 no pregão de 28.08.2019.
O ativo dá sinais de perda da força do movimento vendedor, com sinalização do CCI/MA de alta, além do fato do ativo ter entrado nas bandas de Keltner, visualizando curvatura das médias móveis exponenciais, vide:
Entretanto, os investimentos estão condicionados a aprovação do PLC 79/2015, visto que com a aludida aprovação será possível a OIBR3 captar investimentos, bem como gozará de atuação mais livre no mercado, tornando-se competitiva.
E no presente Governo do Presidente, Jair Bolsonaro, que prega juntamente com o Ministro, Dr. Paulo Guedes, sobre liberdade dos mercados, implementando a teoria da mínima intervenção estatal, motivo pelo qual circulam notícias no mercado de que o PLC deverá ser votado em setembro/2019.
Portanto, há urgência na votação da PLC 79/2015, o que é evidente porque existem notícias de que a OIBR3 somente teria caixa até meados do primeiro trimestre de 2020, e por estar em recuperação judicial, necessita de autorização para implementação de quaisquer mudanças, ainda que para prorrogar sua manutenção no mercado, e até mesmo revés dos prejuízos sofridos.