Preparar
Mais um pregão de chove não molha.
Quem investiu no impeachment quer algo mais.
Quem não investiu também quer, lógico.
Mas só teremos algo nas mãos daqui a uma semana, em 12 de maio.
Até lá, os dias serão looongos e - talvez - monóóótonos.
Apontar
Monótonos?
Mas e quanto aos rumores de novos ministros?
O mercado se cansa fácil de rumores, está ansioso por fatos.
Meirelles já está dado como certo.
E sejamos sinceros: a presidência do BC não é tão importante assim no contexto atual.
A grande virada de jogo depende, primeiro, da política fiscal.
Fogo
Não sou eu que estou falando isso, mas sim os próprios monetaristas.
Leia a Ata do Copom nas entrelinhas (o que é sempre fácil, pois ela não tem linhas, só tem entrelinhas).
Lá está escrito que a Selic cai quando o fiscal virar contracionista.
Ou seja, assim que o governo parar de gastar e começar a economizar.
No primeiro sinal de um ajuste fiscal competente, a Bolsa acorda e os juros voltam a cair.
Quase calado
Meirelles pediu para que ninguém do novo Governo Temer se meta a falar de economia.
Soa arrogância, mas é astúcia.
Por mais que os rumores pareçam bons, atrapalham.
Meirelles sempre foi lacônico, e aperfeiçoou esse dom enquanto presidente do Banco Central.
Falemos apenas o necessário.
Gasta mais o governo que fala mais.
Acerta mais o governo que fala menos.