A Grécia votou NÃO. Apesar das pesquisas de boca de urna indicarem empate técnico, o resultado da votação mostrou que 60% da população é contrária as medidas de austeridade propostas pelo Eurogrupo (principalmente pela Alemanha) e pelo FMI.
Apesar do resultado é importante ressaltar que a Grécia ainda quer negociar com a Europa. Todos aguardam o resultado da reunião entre Merkel e Hollande que deve acontecer hoje à tarde.
Não se sabe ao certo se o Banco Central Europeu irá assegurar a liquidez dos bancos gregos, que poderiam entrar em colapso – lembrando que a Grécia está sob controle de capitais.
Evidentemente, o resultado não agradou os governos mais elitizados do bloco, muitos dos quais criticaram a realização do referendo, porém Angela Merkel também sofreu duras críticas de alguns meios da imprensa do seu próprio país.
Para os analistas ainda é difícil prever qual será o impacto real disso para os mercados, mas estima-se que, a princípio, os índices devem cair e o Euro subir.
O que temos de concreto neste momento é que o polêmico ministro de finanças Yanis Varoufakis pediu demissão na manhã de hoje, segunda-feira, dia 6 de julho e isso já gerou uma reação cambial positiva da moeda única. Apesar de abrir com queda de 1%, a divisa já recuperou posições.
As Bolsas europeias também abriram em queda, menor do que era esperada, e os juros sobem, mas pouco - com exceção dos juros gregos que dispararam.
Os valores que mais baixam são os bancos, mas o petróleo e o cobre também são prejudicados devido às incertezas sobre a Grécia.
Além disso, no calendário desta semana, teremos os resultados da Alcoa, a produtora de alumínio, que tradicionalmente marca o início da temporada de resultados nos EUA.