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O outro lado da história

Publicado 22.11.2013, 12:44
IBOV
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O outro lado da história

Ontem abri o Mercado em Cinco falando sobre a percepção (péssima) do investidor estrangeiro com a economia brasileira. Como o fluxo estrangeiro ainda é determinante, e como isso pode agregar à tempestade perfeita de 2014...

Recebi uma série de respostas no email, muitas contestando o caráter negativo disso sob a ótica da Bolsa de Valores.

Já que todo mundo sabe que a coisa não anda bem e pode (deve) piorar, não seria momento de comprar Bolsa, uma vez que ela antecipa tudo?

O meu lado

Concordo com os pontos levantados acima.

As coisas caminham para um cenário de Bolsa brasileira em queda e dólar em alta, o que não deixa de ser outro chamariz para o gringo - além do maior juro real do mundo, o que voltamos a ter.

O ponto é que há uma clara diferença entre Bolsa em queda e Bolsa barata.

Há pouquíssimos nomes bons e baratos na BM&F Bovespa, principalmente dentre os nomes mais líquidos - essas preciosidades estão bem fora do radar.

Voltamos àquele debate dos dois mundos: o ruim barato e o bom mas caro. Para criarmos um meio-termo, tem espaço para cair. A Bolsa, como um todo, não está barata.

Quando o vencedor perde

Hoje o noticiário corporativo doméstico destaca o leilão dos aeroportos.

O consórcio do Grupo Odebrecht levou o Galeão por R$ 19 bilhões, enquanto CCR (CCRO3) ficou com o Confins, por R$ 1,8 bilhão.

Sabe qual a ação que mais ganha com esse resultado?

Da Ecorodovias (ECOR3), que não levou nenhum ativo no leilão.

Como Triunfo (TPIS3) acabou de pegar Viracopos (precisa digerí-lo) e Arteris (ARTR3) está focada na concessão de rodovias, a expectativa caiu toda sobre Ecorodovias e CCR.

A impressão inicial do mercado é de tomada de alavancagem e necessidade de desembolso de capital relevante por um ativo cuja capacidade de gerar valor ainda é incerta.

O histórico de companhias de concessão mostra que, à primeira impressão, o mercado sempre costuma premiar o certo (status quo) em detrimento ao duvidoso. É batata.

Cada um no seu quadrado

Há uma informação importante no trecho acima que pode passar desapercebida.

Triunfo tem Viracopos, tem geração de energia, tem porto (Portonave) e um projeto de mineração integrada (Vetria).

CCR agora tem Confins, já tinha os aeroportos de menor porte que “herdou” do controlador e possui exposição a projetos de mobilidade urbana, como a ViaQuatro do metrô de São Paulo e a Barcas de transporte aquaviária de passageiros no Rio.

Ecorodovias tem rodovia no nome, mas tem terminal no porto de Santos e ativos de logística (Elog).

Focada na concessão de rodovias, Arteris é o único nome da Bolsa que oferece exposição pura a rodovias.

Gosto da previsibilidade de receitas associada à proteção a inflação (dos reajustes de pedágio) do negócio de rodovias. Gosto ainda mais de Arteris, com a ação no preço que está.

Uma nova viagem na prateleira - o lado bom

Você sabia que seis em cada dez pacotes de viagens vendidos no Brasil levam a marca da CVC?

Que um quarto das cabines de cruzeiros oferecidos no Brasil é ofertado pela empresa?

Começou hoje o período de reserva para os interessados em participar do IPO da maior operadora de turismo da América Latina. A operação pode movimentar até R$ 1 bilhão e se igualar às ofertas iniciais de Smiles e CPFL Renováveis.

O setor está aquecido. Representado aqui pelas 80 maiores companhias do nicho, ele cresceu 13% em 2012 e a perpectiva é de crescer dois dígitos em 2013.

E não deixa de ser um ação para ganhar com a Copa, Olimpíadas...

O outro lado da história


As boas perspectivas de mercado garantem o sucesso do IPO da CVC?

Por si só não.

A companhia não tem pares na Bolsa, o que dificulta a comparação (está cara ou barata?), mas pode ajudar a concentrar a demanda de investimentos para o nicho.

Ela ganha ou perde com o dólar?

Está em um mercado altamente pulverizado (estima-se que existam mais de 16.000 agências no país), o que agrega a possibilidade de crescimento via aquisições.

Mas oferta é totalmente secundária, ou seja, os recursos captados com a abertura de capital não vão para o negócio, mas sim para o bolso do acionista vendedor.

Então por que ele estaria fazendo o IPO?

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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