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O rally pós-eleições já começou

Publicado 11.10.2022, 15:15
Atualizado 09.07.2023, 07:32
BVSP
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Mesmo com os mercados globais caindo, vimos um impacto bastante relevante do primeiro turno no Ibovespa.

Gráfico apresenta IBOV +2% vs. SPX -12% (últimos 30 dias).
Fonte: Bloomberg.

Na última quarta-feira, 5, fizemos uma live interessantíssima com o cientista político Luciano Dias para entender as eleições.

Fonte: Nord Research.

Claro, tive que perguntar se ele estava comprado em bolsa:
Luciano Dias: “Estou comprado em Bolsa porque o Congresso eleito é mais centro-direita. Mesmo que o Lula vença em segundo turno e tente emplacar pautas que promovam a expansão dos gastos, ele seria barrado no Congresso. Com o resultado das eleições no primeiro turno, partidos de direita têm 249 votos na Câmara e 36 votos no Senado. Isso é bom para o Brasil, pois melhora o fiscal”.

O rally já começou.

Sumiu o risco de "Nova Dilma"?

Segundo Luciano Dias, o grande tema das eleições foi a "derrota da esquerda".

Elegemos uma maioria de centro-direita na Câmara – 49% dos deputados (azuis no gráfico da esquerda) são de centro-direita (eram 46%) e apenas 27% são de centro-esquerda (eram 28%).

Destaques Brasil: no Senado, 44% dos senadores eleitos são de centro-direita (eram 31%), enquanto apenas 16% são de centro-esquerda (gráfico da esquerda)
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral.

No Senado, 44% dos senadores eleitos são de centro-direita (eram 31%), enquanto apenas 16% são de centro-esquerda (gráfico da esquerda).

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral.

Como Luciano Dias comentou, essa força será suficiente para barrar tentativas do ex-presidente Lula de implementar a agenda fiscal desastrosa que vimos no governo Dilma.

Não acredito que seja o que ele quer, mas o risco de nova maior crise da história do Brasil sumiu.

O rally já começou.

O S&P500 está em bear market?

Estamos presenciando a maior alta de juros americana dos últimos 40 anos.

Fonte: Bloomberg.

Com a inflação elevada no mundo inteiro e a China já não mais exportando deflação via produtos baratos (sua mão de obra já não é mais tão barata), o FED precisa subir os juros.

Os efeitos são óbvios – ativos globais (todos) para baixo.

Bolsas, títulos, ações, imóveis, ouro, cryptos… todos os ativos globais caindo.

Fonte: Bloomberg.

Menos o Ibovespa brasileiro.

O rally já começou.

Brasil é a melhor bolsa do mundo?

Como sempre, estamos na contramão.

Gráfico apresenta SPX +152% e IBOV em dólares -23% (últimos 10 anos).
Fonte: Bloomberg.

Nos últimos 10 anos, enquanto o mundo voava, nós tivemos a maior crise da história ("crise Dilma").

Além disso, em 2021, começamos a subir os juros antes e de forma mais intensa que o resto do mundo. Se o problema é inflação, o Brasil tem experiência de sobra.

Além disso, o mercado brasileiro antecipou seu pavor das eleições.

Fonte: Bloomberg.

O SPX está caro a 18x lucros e o IBOV está barato a 6,6x lucros (quanto mais barato pagamos pelos lucros, melhor).

Ficamos baratos demais.

Quais foram os grandes ciclos de bolsa?

Depende.

Tivemos dois grandes rallies no Ibovespa desde 2000. O primeiro após as eleições de Lula.

Fonte: Bloomberg.

Queda do pessimismo, reformas feitas no governo anterior, Lula fiscalmente responsável e superciclo de commodities puxaram o IBOV +1.200% em dólares até a crise do Subprime em 2008.

Subimos com o índice americano SPX "de lado" (ele ainda se recuperava da bolha da internet de 2000 e do 11/set em 2001).

Mas caímos com a grande crise global.

O segundo grande rally veio após o Impeachment de Dilma.

Fonte: Bloomberg.

Queda do pessimismo e reformas feitas por Temer puxaram o IBOV +165% até a pandemia.

Subimos mais que o SPX até a pandemia e "empatamos" até a nossa máxima, em julho de 2021.

Brasil sobe com gringos caindo?

Sim, o Brasil depende muito mais do próprio Brasil (gasto público controlado) que dos gringos.

No entanto, em caso de grande crise lá fora, caímos junto ao fluxo global, é claro.

E a pergunta é: teremos grande crise lá fora?

Citação de Peter Lynch: "Mais dinheiro foi perdido por investidores se preparando para correções ou se antecipando a correções do que nas correções em si"

Não sei. Ninguém sabe. Sigo o que me ensina Peter Lynch.

De qualquer modo, é improvável que apenas o FED subindo juros crie uma grande crise.

O banco central americano terá um cuidado imenso para subir juros sem causar uma crise.

Está pessimista? Ótimo!

O Bull-market nasce no pessimismo, cresce no ceticismo, amadurece no otimismo e morre na euforia – John Templeton.

Citação de John Templeton. Tradução acima.

Estamos muito baratos justamente porque o mercado ainda está pessimista demais.

O rally pós-eleições já começou.

Quanto vai subir a bolsa?

É impossível dizer.

Mas já subimos os juros e nossa inflação está em trajetória de queda.

Nossa economia está saudável, crescendo, e nosso fiscal (por enquanto) está sob controle.

As empresas do Ibovespa estão com resultados crescentes e negociando a múltiplos baixos demais.

As incertezas com relação às nossas eleições deixaram o Brasil barato demais.

Se estamos com desconto de -40% em relação aos pares (gráfico acima), precisamos subir +67% para voltarmos ao "normal".

Mas esse é só o início do rally. É apenas a reprecificação de múltiplos.

Se os resultados das empresas continuarem crescendo, o rally continua.

Fonte: Bloomberg.

Cotações seguem resultados.

Qual é a melhor forma de aproveitar o rally?

Podemos subir +700%? Podemos.

Podemos cair -20%? Podemos.

Podemos subir +1.200%? Podemos.

Podemos cair -50%? Podemos.

No curto prazo, a bolsa tem movimentos aleatórios, segue o fluxo das pessoas gananciosas e medrosas.

Já no longo prazo…

Estamos com a faca e o queijo na mão. Este é o momento.

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