A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou na quarta-feira que os Estados Unidos, Japão, Alemanha e França estão mostrando sinais de crescimento econômico.
As previsões da OCDE prevêem que o crescimento do PIB nos países acima mencionados irá aumentar.
A organização, com sede em Paris, disse que seu principal indicador (CLI), cujo objetivo é sinalizar sinais iniciais de pontos de viragem na atividade econômica, permaneceu ligeiramente abaixo de sua média de longo prazo de 100 em 99,9 pelo segundo mês consecutivo.
Aqui está a leitura para alguns países:
· Estados Unidos – a leitura escalou de 99,3 em novembro de 2016 para 99,4 no mês seguinte.
· Japão – a leitura de novembro estava em 100 e subiu para 100,1 em dezembro.
· Alemanha – de 100,3, a leitura se moveu mais alto para 100,5.
· França – sua leitura de novembro de 100,5 subiu para 100,6 no mês seguinte.
Grã Bretanha: Se recupera, mas o acordo Brexit pesa
Enquanto isso, a leitura da Grã-Bretanha se recuperou para 99,5 em dezembro comparado à 99,3 no mês anterior.
A OCDE descreveu o país como tendo indícios indefinidos de acelerar o crescimento, acrescentando que termos relativos à sua retirada da União Europeia ainda afetam negativamente a economia britânica.
"No Reino Unido, há sinais de tentativas de crescimento ganhando impulso, embora o CLI permaneça abaixo da tendência e a incerteza persista sobre a natureza do acordo que o Reino Unido acabará por concluir com a UE", disse a organização.
Portugal: Recuperação depois da recessão
Em outro lugar, depois de uma recessão profunda, a economia de Portugal está se recuperando constantemente graças a uma ampla agenda de reformas estruturais que levou a uma melhoria do crescimento económico, a uma diminuição do número de desempregados e a um progresso expressivo no desempenho das exportações.
De acordo com um relatório da OCDE, manter o ímpeto para reformas adicionais é vital para enfrentar os desafios remanescentes e trazer um crescimento mais forte e inclusivo.
Além disso, a mais recente Pesquisa Económica da OCDE de Portugal indica também a necessidade de reduzir os elevados níveis de endividamento dos setores público e privado e de destinar os empréstimos improdutivos no sistema bancário, que dificultam o investimento e restringem o crescimento e a produtividade. A percentagem de crédito não performado no setor financeiro representa mais de 12% do total dos empréstimos e é um dos mais elevados entre os países europeus.
Na Europa, Portugal ainda tem uma das mais desiguais distribuições de rendas. A pesquisa disse que o país precisaria superar seu legado de mão-de-obra pouco qualificada. O reforço das competências de todos os cidadãos portugueses vai certamente impulsionar o crescimento e será essencial para enfrentar a desigualdade.
Suécia: Cresce disparidade de renda, mas diferença ainda é apertada
Na manhã de hoje, a OCDE também relatou que a desigualdade econômica se acelerou mais rapidamente na Suécia do que qualquer outro país desenvolvido nas últimas décadas, já que os maiores assalariados ganharam com a alta dos preços dos ativos enquanto os imigrantes e os desempregados ficaram para trás.
No entanto, a diferença entre os que ganham mais e menos continua mais apertada na nação nórdica do que na maioria dos países, acrescentou a OCDE.
Além disso, enquanto os rendimentos reais para os 5% mais ricos da população sueca aumentaram quase 70% desde 1990, os 5% mais pobres apenas testemunharam um crescimento de 10%.
"A desigualdade de renda aumentou mais rapidamente do que em qualquer outro país da OCDE desde a década de 1990", diz o relatório da OCDE. "O aumento da desigualdade de renda precisa ser contido."
A Suécia tem sido amplamente considerada um exemplo de um país que demonstrou justiça e igualdade, usando altos impostos para estabilizar a diferença de renda e apoiar os cidadãos mais pobres através de elevadas despesas sociais.
Um aumento do mercado de ações desde a desregulamentação nos anos 90 e o aumento dos preços das casas beneficiaram aqueles com ativos financeiros, entretanto, enquanto os afortunados impostos sobre os ganhos de capital em relação aos impostos sobre o rendimento beneficiaram ainda mais os ricos.
A OCDE também indicou que os aumentos nos benefícios diminuíram os salários, ao passo que altos níveis de salários de entrada tornam difícil para vários indivíduos com menos qualificações, geralmente muitos dos quais são estrangeiros, conseguir emprego.
“Mais de 30% dos estrangeiros caíram abaixo da linha de pobreza.” Divulgou o OCDE.
O governo afirmou que a população sueca aumentou em mais de 100.000 em 2014 - o resultado de uma imigração então recorde de 127.000 e nascimentos superando o número de mortes.