A oferta superior à demanda vem pressionando as cotações do pintainho, do animal vivo e da carne em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea. O elevado valor dos insumos (como milho e farelo de soja) tem feito com que indústrias encurtem o tempo de engorda dos animais, ofertando mais aves no mercado, ainda que fora do peso ideal.
Além disso, algumas indústrias promoveram férias coletivas, reduzindo os dias de abate nas plantas. Uma vez que os animais já estão incubados ou em processo de engorda, essa situação faz com que a oferta fique ainda maior que a demanda. Assim, entre 29 de abril e 31 de maio, o frango vivo no mercado spot caiu 6,9% na Grande São Paulo, onde os animais foram negociados a R$ 2,49/kg. A maior queda do vivo, de quase 12%, foi registrada em Pará de Minas (MG), com o quilo a R$ 2,42, em média. Nessa mesma praça, o frango resfriado se desvalorizou 2,1%, negociado a R$ 3,58/kg, e o inteiro congelado caiu 2,6%, com o quilo a R$ 3,74/kg.
CITROS/CEPEA: Caixa de laranja no spot paulista atinge R$ 20,00
A laranja no mercado spot já é negociada a R$ 20,00/cx de 40,8 kg, colhida e posta em uma das indústrias paulistas. Este patamar até já havia sido levantado pelo Cepea em meados de maio, mas era verificado apenas em negócios pontuais. Agora, praticamente todas as novas aquisições dessa empresa são realizadas nesse valor. Nas demais grandes indústrias, os preços seguem entre R$ 16,00 e R$ 18,00/cx, mas, nas pequenas fábricas, chegam a ser relatados negócios em até R$ 21,00/cx. Em todos os casos, não há diferença entre as laranjas “nobres” (pera e tardias) e precoces.
Neste cenário, os preços do mercado de mesa seguiram firmes em maio e devem permanecer elevados em junho, já que a absorção industrial deve limitar a disponibilidade de laranjas. Em maio, a média de comercialização da laranja pera foi de R$ 21,22/cx de 40,8 kg, na árvore, aumento de 2,9% em relação à de abril e de 30% em relação a maio/15, em termos reais – valores atualizados pelo IGP-DI de abril/16.