Com a finalização do vazio sanitário da soja em diversos estados produtores, as atenções se voltam ao cultivo da oleaginosa. De acordo com colaboradores do Cepea, se o clima continuar favorável, com umidade do solo suficiente, os trabalhos devem começar a ganhar força. A oferta de soja no mercado doméstico, por sua vez, ainda é considerada restrita. A baixa disponibilidade e a valorização do dólar frente ao Real sustentaram as cotações do grão nos últimos dias. Entre 9 e 16 de setembro, a média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, caiu ligeiro 0,18%, praticamente estável, a R$ 77,12/saca 60 kg na sexta, 16.
MILHO: Indicador volta a subir em SP
Os valores do milho seguem registrando movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em São Paulo, compradores acabaram cedendo um pouco e pagaram valores ligeiramente maiores, cenário que fez com que o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) voltasse a registrar alta na última semana. No geral, conforme colaboradores do Cepea, os negócios foram pontuais e limitados entre agentes do estado paulista. Entre 9 e 16 de setembro, o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa subiu 1,52% fechando a R$ 42,78/saca de 60 kg na sexta-feira, 16.
MANDIOCA: Menor oferta impulsiona cotações e média sobe 3,2%
A última semana foi de clima favorável para a colheita de mandioca em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Porém, a disponibilidade de lavouras de raízes de segundo ciclo tem sido menor a cada semana e está concentrada com poucos produtores que, na expectativa de altas mais expressivas, postergaram a comercialização. Assim, entre 12 e 16 de setembro, a oferta do produto esteve reduzida, o que impulsionou as cotações no período. A demanda, por sua vez, aumentou, principalmente por parte das farinheiras que estavam paradas e retomaram a produção. O valor médio a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 382,33 (R$ 0,6649 por grama) na semana, alta de 3,2% frente à média anterior. As quedas expressivas no rendimento e na extração de amido também contribuíram para a valorização dos preços. Entre 12 e 16 de setembro, o rendimento médio de amido, considerando a balança hidrostática de 5 kg, ficou em 547,77 gramas, praticamente estável em relação à semana anterior.