O mercado do boi gordo passa por um momento muito positivo de preços. Em abril, foi registrada a maior cotação corrigida dos últimos vinte anos.
Desde janeiro de 1995, o boi gordo subiu 493,4%, ao passo que a inflação, medida pelo IGP-DI, teve alta cumulada de 423,8%. Figura 1.
Assim, o boi gordo apresenta uma valorização acumulada real, fato não muito comum na história recente deste mercado.
O que esperar para o curto prazo?
Inegavelmente, houve uma correção dos preços do boi frente à inflação.
Apesar da proximidade do fim do primeiro semestre de 2015, período do ano em que os preços normalmente caem, não foi registrada pressão baixista significativa até o momento.
Para o curto prazo, a expectativa do mercado é de que teremos uma pressão baixista um pouco mais significativa em maio e junho, seguida de um mercado mais firme ao longo do segundo semestre, o que vem a confirmar a tendência “normal” do mercado do boi para este período.
Veja na figura 2 a projeção para o mercado do boi gordo na BM&FBovespa para o restante de 2015, no fechamento de 22/5.
Desta forma, há uma projeção de alta de 4,6% de maio até novembro, considerando a diferença entre a referência da Scot Consultoria em 25/5 e o valor do contrato de novembro na bolsa.
Este diferencial defende o produtor, pelo menos, da inflação do período. Para quem consegue acertar seu manejo e custos para vender nesta época, melhor ainda, pois conseguirá desfrutar de um melhor preço.
A boa notícia é que existem ferramentas na bolsa que propiciam diversas estratégias para a garantia de preços e a minimização dos riscos de mercado, mas não temos o intuito de entrar nos detalhes destas operações nesta publicação.
Recomendamos que procurem uma corretora cadastrada junto à bolsa de valores para maiores informações.
As oportunidades estão aí.
Bons negócios.