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5 Eventos Mais Importantes do Mercado de Petróleo em 2017 (O Que Esperar Em 2018)

Publicado 28.12.2017, 07:43
Atualizado 09.07.2023, 07:31

Artigo publicado originalmente em inglês no dia 27/12/2017

Nesta última coluna de 2017 relembramos algumas das maiores histórias sobre energia do ano e aguardamos o que podemos esperar de 2018.

1) Sem dúvida, a história mais importante de 2017 foi o aumento do preço do petróleo. Analistas e observadores do mercado não têm um consenso sobre o que estava por trás do aumento do benchmark do WTI, de um mínimo de US$ 44,00 por barril no verão de 2017 para um máximo de quase US$ 60,00 por barril em dezembro. No entanto, entre os colaboradores estavam os cortes de produção da Opep; o crescimento constante da demanda global; a produção vacilante da ex-gigante petrolífera Venezuela; as interrupções na produção e distribuição causadas por furacões no sudeste dos Estados Unidos; e o fechamento dos oleodutos no norte dos EUA, na Líbia e no Mar do Norte.

É provável que o mercado de petróleo permaneça volátil em 2018. Ainda há um excesso de oferta de petróleo e a demanda de países como a China e os Estados Unidos ainda é essencial para evitar que os preços caiam. Provavelmente continuaremos a ver incidentes relativamente menores causar impactos significativos no mercado de petróleo.

2) A maior história das ações de petróleo neste ano foi a decisão da Royal Dutch Shell de vender cerca de US$ 30 bilhões em ativos a montante e concentrar seus negócios futuros na produção de produtos a jusante ao invés da perfuração de petróleo.No ano passado, a Shell (NYSE:RDSa) vendeu ou procurou vender US$ 587 milhões em ativos no Gabão, US$ 1,23 bilhão em ativos de gás na Irlanda, US$ 500 milhões em ativos de gás na Tunísia e US$ 1 bilhão em ativos na Nova Zelândia. Parte dessa estratégia de desinvestimento vem da necessidade de eliminar "ativos não estratégicos" do balanço patrimonial da Shell. No entanto, o CEO da Shell apresentou a mudança como uma resposta ao crescimento no mercado de veículos elétricos e as previsões de "demanda máxima de petróleo".

A decisão da Shell de investir menos dinheiro no desenvolvimento de ativos a montante é emblemática de uma divergência entre as principais companhias de petróleo, e que continuará em 2018. Algumas empresas de petróleo, (a Shell está entre elas) estão investindo menos no desenvolvimento de ativos e, em vez disso, buscam valor em produtos petroquímicos, renováveis ou refinados. Outras empresas, particularmente as companhias nacionais de petróleo, como a Aramco, continuam ou mesmo expandem seus investimentos no desenvolvimento de ativos a montante. As maiores empresas de petróleo que optam por vender ativos a montante verão preços de ações mais elevados a curto prazo. No entanto, não está claro se os ativos a jusante e renováveis renderão o tipo de lucro que essas empresas tradicionalmente viram com a produção e venda de petróleo em tempos de preços elevados do petróleo. Essa divergência deve aumentar em 2018.

3) Os veículos elétricos foram manchete este ano. Vários países emitiram decretos com o objetivo de diminuir a venda de veículos convencionais a gasolina e obrigar suas populações a comprar veículos elétricos.Os principais fabricantes de automóveis, como a Volvo (OTC:VLVLY) e a Toyota (NYSE:TM) assumiram compromissos significativos na produção de novos modelos de veículos elétricos.Ao mesmo tempo, a empresa de automóveis EV, Tesla (NASDAQ:TSLA) teve contratempos com a implantação de seu modelo 3, carro "EV para as massas".

Apesar das previsões otimistas que preveem taxas muito maiores de adoção de veículos elétricos, o futuro dos veículos elétricos não está claro.Problemas já estão surgindo com o decreto EV da Índia e os consumidores estão aprendendo sobre o custo social e ambiental da mineração de lítio e do resíduo das baterias. A menos que vejamos um grande avanço tecnológico, a maioria dos compradores de carros em 2018 achará que os veículos elétricos não valem o custo.

4) A proibição das exportações de petróleo dos EUA foi levantada no final de 2015, mas levou até 2017 para que fosse visto um aumento notável nas exportações de petróleo dos EUA. Em outubro os EUA exportaram aproximadamente 2 milhões de barris por dia, que é mais petróleo do que a Venezuela produziu naquele mês. O mercado de exportação dos EUA tem espaço para crescer dentro da infraestrutura existente. Tendo 2018 em perspectiva, as exportações de petróleo dos EUA poderiam ajudar a aliviar o desequilíbrio comercial dos Estados Unidos com a China. Em novembro passado, por exemplo, os EUA exportaram um recorde de 289 mil barris por dia para a China. Esse número é uma pequena fração dos 9 milhões de barris por dia que a China importou naquele mês, mas os produtores de petróleo dos EUA veem espaço para se expandir.

5) A produção de petróleo da Venezuela continuou a diminuir em 2017 até o ponto em que já não pode produzir petróleo suficiente para satisfazer o consumo interno - e muito menos os clientes estrangeiros. Os problemas com a indústria petrolífera venezuelana têm crescido ao longo dos últimos anos, mas 2018 poderia ser o ponto crítico. Se a Venezuela não cumprir com os pagamentos de empréstimos, a PDVSA, a companhia nacional de petróleo, poderia ficar inadimplente com seus credores. Um de seus credores é a gigante do petróleo russo Rosneft (OTC:OJSCY). Por outro lado, uma revolução ou um golpe na Venezuela poderia depor o presidente Nicolás Maduro e os novos governantes poderiam mudar completamente a estrutura da indústria petrolífera da Venezuela.

Essas histórias e outras mais impulsionarão os mercados de petróleo em 2018. Feliz Ano Novo!

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