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Ouro Testa Importante Zona de Resistência, Mas Falha Pode Desencadear Vendas

Publicado 09.11.2021, 11:46
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O ditado “gato escaldado tem medo de água fria” não se aplica aos investidores do ouro.

Ainda que seja plenamente compreensível que alguém decida não tentar fazer algo pela segunda vez, em razão de uma má experiência anterior, é difícil ter qualquer empatia pela paixão dos investidores do ouro, que demonstram tanto otimismo com o ativo que beira a irracionalidade.

Dito isso, como o ouro está tentando alcançar patamares maiores na faixa de US$1800, cabe ao analista e investidor médio do metal precioso avaliar o movimento, a fim de determinar se um rompimento é válido ou não.

Ouro diário

Gráficos: cortesia de skcharting.com

Um rompimento indica que o movimento de alta vence a resistência/ linha de pescoço/ pressão de venda. E, sem dúvida, o ouro fez isso, ao avançar acima do território de US$1700 anterior pelo quarto dia consecutivo.

Um rompimento falso ocorre quando o movimento de alta nunca se materializa, abrindo espaço para que o contrário aconteça. O ouro fez isso inúmeras vezes no ano passado, geralmente sinalizando a emergência de preços maiores na faixa dos US$1800-1900, antes de afundar para os níveis de US$1700-1600.

Não faltam referências de onde o ouro precisa chegar para preservar seu momentum atual, e espero traçar um cenário convincente das diferentes variáveis e pensamentos em jogo.

Primeiramente, tratando dos fundamentos, uma razão para que o ouro não tenha conseguido fazer jus ao seu status de proteção contra a inflação deve-se à incessante euforia em torno da noção de que o Federal Reserve será forçado a elevar os juros em breve, a fim de arrefecer as pressões de preço que estão aumentando no ritmo mais rápido em 30 anos.

Essa especulação foi o que fez os rendimentos dos títulos americanos (treasuries), inclusive a nota referencial de 10 anos e o dólar subirem de forma constante nos últimos 12 meses, em prejuízo ao ouro.

A boa notícia para os investidores do metal é que todos esses rumores foram, de certa forma, silenciados na semana passada pelo presidente do Fed, Jerome Powell, que enfaticamente garantiu – novamente – que o banco central americano será paciente e uma elevação de juros só ocorrerá após meados de 2022, muito provavelmente no fim do ano.

Ouro mensal

Powell insiste que a elevação de juros e a redução do estímulo mensal de US$120 bilhões em US$15 bilhões por mês pelo Fed não têm correlação um com o outro. Isso fez o dólar perder força, que na sexta-feira havia atingido as máximas de setembro de 2020. O interessante é que o ouro só alcançou as máximas de setembro de 2021 desde o rompimento da semana passada.

E, mesmo com o arrefecimento da moeda americana e dos rendimentos dos treasuries, o ouro iniciou o pregão desta terça-feira na Ásia de forma lenta, girando em torno de US$1825. Isso pode mudar com a abertura da sessão de Nova York. A preocupação para os investidores do ouro, entretanto, será a miríade de níveis de resistências ao longo do território dos US$1800.

“A primeira resistência é 1835, que precisa ser vencida de forma convincente”, afirmou Phillip Streible, analista de metais precioso da Blue Line Futures, em Chicago.

“Estou recomendando aos meus clientes que se protejam com opções para evitar contratempos no mercado futuro. Preciso ver um fechamento de dois dias acima de 1840 para recomendar compra para eles”.

Ouro semanal

Daniel Dubrovsky, que escreve sobre o ouro no portal DailyFX.com, disse que um rompimento da resistência de 1813-1808 no gráfico de quatro horas abriria espaço para o alvo de 1825-1834, exatamente na região onde o metal estava sendo negociado.

“Essa região é formada por picos do mês de julho”, escreveu Dubrovsky.

“Pode ocorrer um cruzamento positivo das médias móveis simples de 20 e 50 períodos, permitindo que o movimento ganhe viés altista. Essas linhas também podem entrar em jogo em caso de um declínio de curto prazo”.

Dubrovsky também notou que, de acordo com o índice IG Client Sentiment que ele rastreia, cerca de 66% dos traders de varejo estavam comprados no ouro.

“O risco de queda aumentou em 10,30% e 48,34% nos períodos diário e semanal, respectivamente”, escreveu.

“Nosso sentimento é contrário ao da multidão”, complementou. Como a maioria dos traders de varejo está comprada, isso seria um sinal de possível queda. “Nas mudanças recentes em posicionamento estão criando um viés altista no mercado”.

Haresh Menghani apresentou uma opinião mais cautelosa no blog que mantém no fxstreet.com.

“Do ponto de vista técnico, o rompimento sustentado da semana passada através da marca de US$1800 e a aceitação acima do nível de 11810 favorece quem está comprado”, escreveu Menghani.

“Dessa forma, é possível que haja um teste da forte barreira da região de 1832-34”.

“Dito isso, uma fraqueza abaixo de 1800 pode fazer com que os comprados fechem posição e o ouro recuar para o nível de 1780 para testar a zona de suporte a 1770.”

Sunil Kumar Dixit disse que a resistência estática horizontal para o preço spot do ouro estava na área de 1833-1835.

“A determinação do ouro será testada caso o metal se sustente acima dessa zona”, afirmou Dixit, analista técnico estrategista do skcharting.com.

Ele afirmou que o preço spot no gráfico diário mostrava situação de sobrecompra, com o índice de força relativa a 95/95.

Dixit disse ainda:

“A capacidade de o ouro se firmar acima de 1835 deve ser encarada como um sinal de prontidão para testar o próximo nível de 23,6% de Fibonacci no nível de 1860”.

“Por outro lado, uma consolidação e correção podem abrir espaço para um teste das regiões de 1810-1800-1795, bons níveis para compras de valor”.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para oferecer aos leitores uma variedade de análises sobre os mercados. A bem da neutralidade, ele apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

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