"É sempre ousada a loucura dos grandes não vigiada."
(Hamlet, ato III, cena I)
Sebastião Buck Tocalino, 12 de maio de 2014.
Quando o Sr. Demógrafus, sentado à mesa, começava a falar sobre negócios e problemas no trabalho, as atenções se dispersavam. Entretenimento certo ficava era por conta de vovó Becê. A generosa senhora distraia a todos com suas estórias. Eram contos de uma terra montanhosa, onde dois poderosos magos se revezavam zelando pelo brilho do sol. Um era responsável pelo nascente, o outro pelo poente. Juntos, Abe e Fed lançaram mão de toda sua magia para preencher o vale onde o reino se encontrava, elevando-o assim a um planalto encantado. Quando os mais céticos questionavam o que os esperava ao fim do planalto, os fiéis aos magos vociferavam que outra montanha mais alta se avistaria em breve. E para muitos aquela resposta parecia bastar. Entre os maravilhados com o impressionante poder dos magos e os distraídos, calados em crônica indiferença, uns poucos ainda teimavam em petulante incredulidade. Mas, e ao fim de mais outra montanha? Não haveria qualquer abismo? Os vales não seriam férteis e necessários? Ou haveria então só o céu como limite? Até quando o brilho do sol seria capaz de aquecer os aldeões na crescente altitude? Poucos se davam conta de que a vegetação à volta se tornava cada vez mais frágil, com menos raízes no solo árido. O ar rarefeito já parecia prejudicar a razão e o pensamento no reino de Dowjonesy...
O cenário inicial de minha parábola poderia ser assim.
Mas enquanto a mágica criação de dinheiro pelo FED se mostrar poderosa e inquestionável (representada pela linha verde abaixo), os vales cedem lugar a planaltos cada vez mais altos...
"Nada conserva sempre o mesmo aspecto. Que até mesmo a bondade, em demasia, morre do próprio excesso."
(Hamlet, ato IV, cena VII)
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