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Pegando a Faca Caindo (e Furando a Mão)

Publicado 28.11.2018, 15:50
CIEL3
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SMLS3
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Após a série “Um sócio dos infernos”, descobrimos um outro tipo de ação na bolsa que causa catástrofe em seus investimentos.

São as facas caindo.

O termo vem do inglês e não poderia exemplificar melhor o grupo de empresas a que nos referimos.

Falando em sócios dos infernos, hoje mesmo a Smiles (SA:SMLS3) enviou um comunicado da nomeação dos membros “independentes” (que de independentes não têm nada) para a reestruturação societária da empresa.

É o controlador se aproveitando da inocência do minoritário.

Mas o novo grupo, as facas caindo, tem um perfil diferente. Basicamente, possuem resultados em deterioração rápida.

Competição, mudança de regras, incompetência, piora de cenário, vários são os motivos que levam as ações a merecerem cair vertiginosamente.

Resultados em queda = ações em queda.

Cielo – a barreira de entrada não existe

Eu sempre gostei de Cielo (SA:CIEL3). Uma ótima empresa com resultados fantásticos e um mercado com uma avenida enorme de crescimento.

Tudo ia muito bem até o dia que a competição descobriu que poderia competir com a dominante do setor.

A ações de Cielo já caíram -73 por cento de sua máxima. Mas seus lucros só caíram -10 por cento.

Faz completo sentido. Os gestores de CIEL já anunciaram que reduzirão preços para espantar a competição – menores preços = menores lucros.

Eu mesmo já recomendei Cielo 2x. Ganhamos +21 por cento na primeira e perdemos -23 por cento na segunda.

Em janeiro de 2017, quando saímos com prejuízo da segunda recomendação, Cielo já não conseguia explicar como a empresa enfrentaria a horda de entrantes.

Literalmente uma horda.

Foi um movimento tão forte que duas de suas competidoras, recentemente, abriram o capital na bolsa americana a preços altíssimos.

Os preços foram elevados, pois o mercado assume que elas roubarão participação da pobre Cielo (até Warren Buffett entrou em uma delas, não me pergunte por quê).

Em 2017, Cielo tinha aproximadamente 47 por cento do mercado de adquirência, de longe, a maior do setor. Ganhar mercado seria improvável.

O mais provável seria uma guerra que prejudicasse a todos. Olhando o risco x retorno, preferimos dar adeus a Cielo.

E agora? Quais serão os lucros de Cielo amanhã?

“Cielo já caiu demais, está barata, hora de comprar”. E eu concordo. Cielo negocia a 6,5x lucros e 6x Ebitda – uma pechincha.

O problema é que a companhia precisará entregar parte destes maravilhosos lucros para espantar a concorrência.

A pergunta que deve ser feita é: qual o preço do serviço de Cielo que tornaria as competidoras inviáveis? Quanto Cielo precisaria reduzir seus lucros para impedir que as competidoras sejam lucrativas?

Difícil dizer. Precisaríamos destrinchar a estrutura de custos das concorrentes – claramente, informação sensível para as empresas, de difícil acesso.

Na dúvida, no Investidor de Valor, continuamos de fora de CIEL. O risco x retorno não vale a pena. Aguardamos pacientemente que CIEL crie uma barreira de entrada ou o fim da guerra de preços.

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