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Perspectiva para as commodities em 2023: não se esqueça do clima!

Publicado 26.12.2022, 12:45
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • Um dos eventos árticos mais frios da história está ocorrendo em várias regiões dos EUA.
  • O frio brutal pode aumentar a demanda por gás e óleo de calefação, fazendo-os disparar em 2023.
  • Mas, por se tratar de um evento natural, as previsões podem mudar a qualquer momento.
  • Já se falou muito a respeito do impacto que as elevações de juros e uma recessão no Ocidente pode ter nas commodities. Com a chegada do ano-novo, vamos falar sobre o impacto de outro evento sobre o qual não se tem falado com tanta frequência, mas que pode ter grande influência no curto prazo sobre os preços das matérias-primas, especialmente as energéticas: o clima.

    Um dos eventos árticos mais frios da história está ocorrendo em várias regiões dos Estados Unidos, incluindo Texas e Sudeste.

    O surto polar pode trazer de volta uma sensação de frio que só foi sentida em 1983, 1989, 2000, 2010 e 2014. A previsão é que as nevascas se espalhem por regiões do nordeste e meio-oeste dos Estados Unidos. Até mesmo áreas como o Sul do país, incluindo Houston, Texas, devem registrar baixas temperaturas neste fim de ano.

    Mas, o que tudo isso significa para as commodities?

    Bem, particularmente para o gás natural, as implicações são o enorme consumo do combustível para calefação, o que pode provocar uma queda nos estoques de 500 bilhões de pés cúbicos (bpc) nas próximas três semanas. Para se ter uma ideia da dimensão disso,  a retirada de estoques da semana retrasada foi de apenas 50 bpc, quando o clima estava relativamente ameno. Essa demanda extraordinária por calefação pode acentuar ainda mais o déficit que já se faz presente na média de cinco anos dos estoques de gás.

    E isso não é tudo, de acordo com a consultoria de energia Gelber & Associates, de Houston:

    “Embora pareça haver um período de moderação nas temperaturas após o pico do frio no início da próxima semana, os mesmos modelos e indicadores climáticos de longo alcance que previram com precisão a atual intrusão do Ártico já estão apontando para outra tempestade de inverno de magnitude semelhante, a qual deve ocorrer em meados de janeiro.”

    A empresa acrescentou:

    “Com a possibilidade de que as temperaturas em algumas áreas das Planícies Central e Sul fiquem mais de 40 graus abaixo do normal durante o surto, é provável que haja congelamentos nos poços de produção de gás natural de mais de 5 bpc. Os preços à vista do gás natural físico devem disparar nos próximos dez dias nos principais centros de gasodutos em mais da metade do país”.

    O que isso significa exatamente para os preços do gás?

    Embora o gás natural seja conhecido como o “cavalo selvagem” das commodities, devido à sua natureza volátil, as oscilações de 7% a 10% ao dia nas últimas semanas causaram espanto até mesmo em traders veteranos.

    O mais espetacular é que a força se formou no “lado errado” do mercado. Exemplo claro disso: a queda de 11% no contrato referencial do gás.

    “No entanto, o mercado está mais focado no período de temperaturas menos frias, o que provocou uma queda nos preços até US$ 6,00/mmBtu”, declarou a consultoria.

    Então, qual é o outro lado da moeda para os preços do gás?

    Em agosto, eles chegaram a atingir US$ por mmBtu.

    De acordo com a Gelber:

    “Uma coisa é certa: se os fundos de hedge estivessem investidos em posições compradas no gás futuro da Nymex, os preços provavelmente teriam disparado nas atuais condições meteorológicas. Se a região dos US$ 7/MMBtu fosse violada por uma onda de compras nesta semana, poderia desencadear uma cobertura das posições vendidas e fazer o gás futuro avançar forte. No entanto, até agora, qualquer esforço nesse sentido foi contido”.

    E o rali no gás futuro pode desencadear outro rali, no óleo de calefação, um componente do petróleo bruto. O óleo de calefação atingiu a máxima recorde de US$ 4,4898 por galão em junho, prenunciando um rali de verão no gás natural.

    Por falar em inverno, saíram notícias de que os líderes da Ucrânia estão se preparando para uma possível escalada do conflito por parte da Rússia, com Moscou tentando reverter as perdas no campo de batalha e limitar a reação política interna.

    O acirramento do conflito no leste europeu pode levar a aumento nos preços do petróleo. As preocupações não se resumem às consequências geopolíticas, mas também a uma restrição adicional na disponibilidade do petróleo russo para o mundo após o Ocidente proibir todas as importações de energia do país e o G7 estipular um teto de preço de US$ 60 por barril. Os preços do petróleo atingiram a máxima de 14 anos de mais de US$ 130 por barril para o West Texas Intermediate e quase tocou a marca de US$ 140 no Brent em março. No pregão desta segunda-feira, giravam ao redor de US$ 79 e US$ 84,50, respectivamente.

    Apesar de sofrer grandes reveses nos primeiros 10 meses de guerra, as forças armadas da Rússia estão agora traçando planos para realizar ataques em massa de infantaria, tática empregada pela União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com Mykhailo Podolyak, assessor do governo ucraniano, em uma entrevista recente ao New York Times.

    Os comentários foram feitos no momento em que os principais líderes militares e políticos da Ucrânia alertaram, em uma série de entrevistas recentes, que a Rússia estava reunindo tropas e armamentos para lançar uma ofensiva terrestre a partir de fevereiro, que muito provavelmente incluiria uma segunda tentativa de tomar Kiev, a capital ucraniana.

    Uma grande advertência para as perspectivas meteorológicas do início de 2023: Sazonalmente, a intensidade dura apenas três meses, estabilizando-se com o início da primavera.

    Portanto, quem decidir operar na compra deve agir com parcimônia em relação ao clima. E os que estão na ponta da venda não devem subestimar a Mãe Natureza.

    Desejo a todos boas festas e feliz ano-novo!

    Aviso: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

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