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Perspectivas de Curto Prazo no Câmbio e Médio e Longo Prazo na Bovespa

Publicado 19.08.2014, 07:01
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Câmbio e Bovespa não devem reagir na mesma linha em consequência das pesquisas eleitorais, pois repercutem perspectivas diferentes em prazos dispares.

Câmbio, no contexto atual, deve repercutir o cenário de curto prazo, havendo fatores negativos e incertezas neste 2º semestre e que precisarão ser superados neste curto espaço de tempo e que tendem a impulsionar a formação do preço da moeda americana com pressão de alta, com volatilidade face a ação intervencionista do BC tentando conter a tendência altista do dólar.

Temos destacado e nominado as causas pelas quais entendemos que ocorrerá intensificação de saídas de recursos do país neste 2º semestre e retração nos ingressos, e, que fatores conjunturais no cenário global vem retardando a dinamização do movimento de saídas, que, contudo, podem vir a ocorrer num espaço de tempo mais curto, exercendo maior pressão de alta.

Preços da moeda americana desalinhados com a realidade presente que enseja números desfavoráveis do nosso setor externo podem estar sendo forjados por movimentos especulativos instalados e que assim podem estar se posicionando para ganhos com a elevação do preço do dólar neste 2º semestre, e, não rigorosamente como pode parecer somente decorrente da intervenção do BC no mercado de câmbio.

A situação forçando a apreciação do real ante tendência de alta até pode satisfazer o BC que desenvolve esforços neste sentido, porém pode representar um crescimento de posições compradas em moeda estrangeira, forjadas pelos que apostam efetivamente na depreciação do real no curto prazo.

E por fim, deve ser considerado o fato de que a reversão de fluxos cambiais para o Brasil depende da reconquista da credibilidade e atratividade no exterior, isto a partir do governo que assumir, oposição ou situação, com novas propostas para o crescimento do país, o que demanda tempo, havendo ainda que considerar todo o processo, que deverá ser longo, do desmonte da exuberante intervenção no mercado de câmbio promovida pelo BC para segurar as pressões inflacionárias, que já está chegando ao seu ponta máximo de razoabilidade.

Desta forma, poderão ocorrer melhores sinalizações para os fluxos de recursos externos líquidos para o país somente a partir das novas propostas de política macroeconômica do governo que for eleito, mas a colocação da “casa em ordem” no setor externo pode demandar todo o ano de 2015.

Contudo, neste momento o que deve prevalecer são as perspectivas de curto prazo, desafios que precisão ser superados neste 2º semestre.

Bovespa está formando preços a partir de perspectivas de médio e longo prazos, acreditando que é interessante comprar agora papéis de empresas com gestão influenciada pelo governo e que estão com preços tarifários comprimidos e que poderão ser corrigidos no pós-eleições.

Repercuti perspectivas de médio e longo prazo que sugerem melhoras das empresas que tem preços administrados que consideram altamente prejudicadas na atualidade com enormes repercussões nos preços que praticam e nos lucros auferidos e, consequentemente, sugere que sejam implementadas as compras das ações como investimentos com resultados em perspectivas. A alta neste momento pode decorrer de efetivas compras pressionando a demanda pelos papéis ou de movimentos oportunos de quem já os detêm em carteira.

Pelo exposto não nos parece razoável que ocorram movimentos absolutamente simétricos entre o câmbio e a Bovespa, de vez que os fatores de influência na formação de preços são assimétricos.


Dada as incertezas predominantes na economia brasileira que inviabilizam até projeções mais seguras para este ano e que poderão ter diretrizes revistas ou novas pelo próximo governo, optamos por não considerar as projeções para 2015 expressadas no Boletim FOCUS.

Em relação a 2014 entendemos que há três fatores relevantes que tendem a uma correlação muito próxima. A projeção para o preço do dólar ao final do ano em R$ 2,35 nos parece fora do ponto, pois o cenário prospectivo para o 2º semestre no mercado cambial sugere fechamento do ano com preço acima deste, algo entre R$ 2,40 a R$ 2,50. Então, dependendo do comportamento do preço do dólar o IPCA poderá sofrer pressão inflacionária, que por sua vez, poderá exigir uma alta, até agora fora do radar, da SELIC.

O período é curto, mas as incertezas são relevantes.

O crescimento do PIB tem uma visão de rigor ao indicar 0,79%, assim como a retração da produção industrial de 1,76%, mas não podemos argumentar que sejam irrealistas, pois há um farto arsenal de dados ruins da economia que vem se repetindo frequentemente.

Este é um dos pontos pelos quais trabalhamos com a perspectiva de retração dos IED´s como postura prudencial dos investidores externos em conta capital, e que o Boletim FOCUS não demonstra estar captando como seria normal.

Nesta semana as principais autoridades do FED americano, além de autoridades e presidentes dos bancos centrais do mundo se reunirão como o fazem anualmente, em Jackson Hole, em Wyoming, nos Estados Unidos, e há grande expectativa sobre eventual fala da presidente do FED, Janet Yellen. É bastante notório que as mudanças na política monetária americana, que repercutirão no mercado global, já causa enorme ansiedade entre renomados economistas e até no âmbito do FED, com entendimentos dispares que sugerem que a decisão do FED está tardia ou que ainda seria prematura.

O Brasil deverá manter-se atento aos sinais que sejam emitidos a partir das declarações, pois certamente quando o FED decidir mudar sua política monetária ocorrerão reflexos imediatos, principalmente com saída de recursos do país.

Entendemos que há um latente viés de alta do preço da moeda americana dentro deste semestre, e também não consideramos descartar o risco de perda de eficácia das intervenções da autoridade monetária com os instrumentos financeiros denominados “swaps cambiais”.

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