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Pesquisas Afastam Indicadores do Mercado da Realidade de Momento!

Publicado 09.06.2014, 09:42
DX
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As pesquisas eleitorais voltaram a interferir fortemente na realidade de alguns segmentos do nosso mercado financeiro, fazendo um suposto e ainda muito incerto contexto eleitoral em perspectiva distorcer preços e indicadores de ativos, afastando-os de suas realidades presentes.

A reação, até certo ponto estapafúrdia, com base num eventual ambiente político mutante para as eleições presidenciais não sugere que se despeje toda a euforia de uma pesquisa eleitoral impactando no mercado, que deve ter indicadores e preços em sinergia com o momento atual.

É um movimento especulativo que pode não ser consubstanciado em grandes volumes operacionais, com os preços sendo alterados “no vazio”, mas que podem causar perdas relevantes a alguns “players” e repercussões na economia.

No câmbio o quadro presente não sugere atitudes eufóricas no curto prazo, o mais correto neste momento é o “random walk”, ou seja, o preço à vista da moeda será o de ontem mais os fatos novos de hoje, reação focando o curto prazo, e as repercussões, se cabíveis, deverão ocorrer nos preços futuros ao tempo em que as perspectivas poderão ser confirmadas ou não.

Nenhuma pesquisa tem força para alterar os preços no curtíssimo prazo como ocorre na reação do mercado, salvo se impactarem também no curtíssimo prazo, considerando que há um cenário desfavorável no momento, com o qual o mercado necessariamente terá que conviver, mesmo que acredite que transitoriamente.

O fluxo cambial cadente que se verifica neste momento nos números divulgados pelo próprio BC não melhorará no curtíssimo prazo em função de razões interpretativas das pesquisas eleitorais divulgadas.

As pesquisas eleitorais estão fomentando mais incertezas e assim, podem neutralizar decisões empresariais, o que pode impactar desfavoravelmente ainda mais no fluxo cambial, indo até o extremo de afastar eventual atratividade que exista por parte dos capitais especulativos pela rentabilidade ofertada pelo país, pois este tipo de investimento não convive bem com ambiente de incertezas.

E, neste momento, as observações estão centradas na expectativa a respeito de eventuais fluxos de recursos especulativos em decorrência do programa do BCE, o LTRO, para os países emergentes e, em especial, para o Brasil, que poderiam aliviar as pressões decorrentes da insuficiência de fluxos favoráveis líquidos, evitando que o BC tenha que fazer uso das reservas cambiais brasileiras para geração de liquidez no mercado de câmbio à vista.

Incertezas, embora acreditemos que não deverá ser esperado melhora de fluxo a partir do programa do BCE, tendem a afastar ainda mais os recursos especulativos que são de curtíssimo prazo e não convivem bem com cenários incertos.

O COPOM em sua última reunião interrompeu a dinâmica de elevação da taxa SELIC para conter a inflação, interrompendo assim o aperto monetário, demonstrando preocupação com a desaceleração da atividade econômica. O IPCA de maio veio acima das projeções ao apontar alta de 0,46%, acumulando no ano 3,33% e nos últimos 12 meses 6,37%, demonstrando que a inflação está resistente.

Desta forma, eventual apreciação do preço da moeda americana que é a tendência atual a partir do cenário presente exerceria pressão inflacionária num ambiente menos defendido, face à interrupção da alta da SELIC em 11%.

A visão prospectiva em relação ao fluxo cambial até o final do ano é de consolidação de fluxo negativo, o que contribuirá para a pressão altista sobre o preço do dólar, e esta é uma realidade que não deveria ser sensibilizada por indicativos não conclusivos de pesquisas eleitorais.

O governo tem instrumentos de baixo alcance quando a demanda fica mais centrada no mercado à vista, portanto respondendo menos a ofertas de “swaps cambiais” no mercado futuro pela diminuição da demanda, valendo-se dos bancos atuando com posições “vendidas” para gerar liquidez lastreadas em linhas concedidas pelo o próprio BC ou por linhas de banqueiros estrangeiros e fazendo “hedge”, num ambiente em que lhes permita ganho com arbitragem, ou, então terá que recorrer a venda direta de dólares à vista ao mercado à vista.

O BC antecipando-se ao vencimento do programa de oferta diária de 4.000 contratos de “swaps cambiais” vigente até o dia 30, anunciou que continuará existindo um programa, não definindo a forma, provavelmente para estimular os bancos a continuarem expandindo suas posições “vendidas” e gerando a liquidez ou mesmo procurando sinalizar para os capitais especulativos que se vierem para o país terão liquidez para realizar o “hedge”.


Contudo, a expansão das posições vendidas dos bancos tem como condicionante a existência atratividade das arbitragens, que se não houver desestimulará os mesmos a esta postura e seguramente serão, também, demandantes de dólares para cobrir o montante já existente de posições vendidas em torno de US$ 15,0 Bi.

Atualmente, as posições vendidas dos bancos já representam 4% das reservas cambiais brasileiras, já que é um comprometimento do país e decorre da insuficiência de fluxos cambiais líquidos positivos. Certamente, se for este o caminho desejado pela autoridade monetária para que o mercado de câmbio seja suprido de liquidez, haverá um ponto de desconforto por parte dos bancos na medida em que o volume de posições vendidas aumente, e isto não deixará de ser observado pelo mercado internacional por ser indicativo de que o país está carente de ingressos de recursos externos.

É relevante que se considere que estamos presenciando um momento de transição da demanda mais efetiva no mercado futuro para o mercado de câmbio à vista, e que neste, somente moeda à vista resolve para atender a liquidez. Esta é a realidade, o restante são movimentos tentativos por parte da autoridade monetária focando mitigar a necessidade de ter que efetivamente fazer oferta de moeda à vista retirada das reservas cambiais, com a realização de leilões de venda.

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