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Petróleo: Índia deve tomar posto da China como maior fonte de aumento de demanda

Publicado 13.04.2023, 12:03
  • Demanda petrolífera da China deve arrefecer, enquanto a da Índia tende a acelerar nos próximos anos.
  • O consumo de combustível da Índia atingiu um novo recorde em março, devido, em grande, a investimentos em infraestrutura.
  • Analisamos a seguir o que isso significa para os investidores do setor de petróleo.
  • Vários bancos e agências previam que os preços do petróleo atingiriam três dígitos em meados do ano, acreditando no aumento da demanda de países em desenvolvimento, como a China e a Índia, no primeiro semestre de 2023.

    O consumo de petróleo na China cresceu desde o fim das políticas de Covid zero, mas não na intensidade que muitos esperavam. Por outro lado, a demanda petrolífera da Índia registrou um rápido aumento até agora no ano, em vista do consumo recorde de combustível registrado no país em março.

    Alguns analistas preveem que, nos próximos dez anos, a Índia se tornará a principal fonte de crescimento da demanda mundial por petróleo. Neste momento, a China representa quase 50% do crescimento da demanda global de petróleo, mas a expectativa é que o consumo do produto no país avance com menos intensidade nos próximos anos, enquanto, na Índia, a tendência é de aceleração.

    Já explorei as fontes de crescimento futuro do consumo de petróleo na Índia em colunas anteriores. Não é difícil entender por que o país deve se tornar uma importante fonte de crescimento da demanda global de petróleo na próxima década, mas isso não significa necessariamente que o processo terá início já neste ano. O consumo indiano de combustível está elevado este ano e atingiu 4,83 milhões de barris por dia em março, por conta, sobretudo, do aumento da produção de asfalto acima do normal.

    O asfalto é um produto petrolífero muito pouco refinado, usado para pavimentação de estradas. O consumo de combustíveis, como diesel, gasolina e querosene de aviação, também foi robusto, mas não aumentou tanto quanto o consumo de asfalto.

    O aumento desproporcional deste último provavelmente está relacionado ao crescimento dos gastos do governo indiano com projetos de infraestrutura. Isso significa que essa tendência deve durar somente enquanto tais empreendimentos tiverem continuidade. Da mesma forma, a maior demanda está sujeita a flutuações na indústria da construção.

    A temporada de monções, por exemplo, já está chegando, e, nesse período, a construção tende a desacelerar ou mesmo interromper totalmente sua atividade no país. Por isso, os investidores devem estar atentos ao fato de que esse aumento de dois dígitos na demanda indiana pode ter caráter de curto prazo e, se o governo atual decidir que não precisa mais gastar tanto dinheiro para vencer as próximas eleições, é bem provável que tal padrão de consumo volte aos níveis normais.

    Vale ressaltar ainda que diversas províncias da China estão se preparando para lançar grandes projetos de desenvolvimento, a fim de estimular o crescimento econômico. De acordo com a Bloomberg, mais da metade dos governos regionais do país já anunciaram investimentos em grandes projetos de infraestrutura, como transporte, geração de energia e novos centros industriais neste ano.

    Se esses planos forem colocados em prática, os gastos governamentais podem aumentar 17% em relação ao ano passado. Uma análise de Wood Mackenzie sugere que esse tipo de investimento em construção tende a aumentar a demanda petrolífera chinesa em 1,4 milhão de barris por dia no ano.

    Como esses gastos governamentais de países emergentes em infraestrutura geram impacto na demanda de petróleo, é importante que os investidores estejam atentos ao que tais países estão planejando nesse sentido.

    Como a China tem um sistema de governo centrado no partido comunista, é mais provável que leve adiante esses programas de gastos do que a Índia, cujo sistema político é a democracia. Isso porque a eleição de uma nova administração em Nova Déli pode mudar as prioridades dos gastos governamentais em infraestrutura, provocando uma volatilidade maior no consumo de petróleo no país.

    Aviso: A autora atualmente não possui nenhum dos ativos mencionados neste artigo.

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