A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que o investimento em petróleo irá diminuir mais de 20% este ano e a tendência deverá continuar em 2016. Mas, por outro lado, a forte produção na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continua a produzir em força levando a um aumento dos inventários de petróleo enquanto a procura se deteriora.
Os recentes atentados terroristas em Paris, podem levar alguns efeitos em cascata no Oriente Médio, onde as forças aliadas irão começar a romper com o financiamento do Estado Islâmico (Isis) através de petróleo bruto, levando a um aumentando da incerteza geopolítica.
Pesando sobre os preços do petróleo também está a apreciação do dólar dos EUA, onde os investidores estão cada vez mais otimistas de que a Reserva Federal (Fed) dos EUA irá aumentar os juros na sua reunião de dezembro.
Enquanto isso, os mercados continuam cautelosos com o relatório da Energy Information Administration (EIA) sobre os estoques de petróleo que saem hoje, após terem atingido na semana passada os 4,224 milhões de barris. Hoje, temos os últimos dados da EIA dos EUA, o relatório deverá apresentar uma redução nos inventários do petróleo com estimativas de 1,750 milhões de barris.
Desde o início de novembro a matéria-prima caiu mais de 11,5% e mantém-se numa fase de baixa. No decurso da sessão de ontem o petróleo caiu com uma reduzida amplitude, originando um inside day e fechou próximo do mínimo do dia. O estocástico evidencia um mercado extremamente sobrevendido, criando mínimos crescentes, no entanto o preço cria mínimos decrescentes, sinais de que a queda pode ficar exausta.
Podemos esperar um movimento ascendente até a uma resistência diária nos 44,18 numa quebra acima de um nível chave nos 42,22 (cenário 1) ou um ressalto no suporte diário nos 40,24 poderá empurrar a matéria-prima até a um nível chave nos 42,22 (cenário 2).
Nota: LCrude é um CFD sobre o Futuro do Light (SA:LIGT3) Crude.