ÁSIA: As principais bolsas asiáticas fecharam em baixa, com exceção ao índice Shanghai Composite, em consequência de uma queda persistente dos preços do petróleo e com dados adicionando mais preocupações com a desaceleração da atividade econômica na segunda maior economia do mundo.
O petróleo estava sendo negociado abaixo de US$ 56 o barril nos EUA na segunda-feira, próximo a uma baixa de 5 anos, caindo pela quinta sessão consecutiva após o ministro do petróleo dos Emirados Árabes Unidos dizer que não havia necessidade de uma reunião de emergência da OPEP para sustentar os preços.
No Japão, o Nikkei caiu 2,01%, abaixo do nível de 17.000 pontos, na sequência de uma força do iene frente ao dólar, fechando a ¥ 117,42, ante ¥ 117,73 da segunda-feira em Nova York, derrubando papeis de empresas exportadoras.
Na China, o setor de manufatura encolheu inesperadamente pela primeira vez em sete meses. O índice flash PMI do HSBC / Markit caiu para 49,5 em dezembro, abaixo previsões para manter a leitura final de novembro em 50,0, limite que separa contração da expansão. O Shanghai Composite inverteu a abertura em queda, para uma alta de 2,3%, com a maioria das ações do setor financeiro disparando para a máxima de 10% diário permitido. O setor de infraestrutura também teve um bom desempenho, com notícias de medidas de apoio das autoridades. Pequim aprovou projetos de infraestrutura no valor de US$ 31 bilhões, o que inclui um terceiro aeroporto na capital e cinco estradas na região sul e central. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,63%, estendendo as perdas de segunda-feira.
Na Austrália, o S & P ASX 200 caiu 0,65% e contabilizou a sexta sessão consecutiva de queda, na sequência do recuo em Wall Street e a implacável queda dos preços da energia.
As ações de commodities foram agredidas, especialmente os produtores de petróleo e gás. A Search Oil despencou 2,8%, ao passo que a Woodside Petroleum e a Santos perderam 2,6% cada. As gigantes da mineração BHP Billiton e Rio Tinto tiveram perdas de 3,2 e 1,6%, respectivamente, apesar do preço à vista do minério de ferro desembarcado na China subir para US$ 69,06 a tonelada.
O dólar australiano ganhou 0,3% em relação ao dólar, com a ata da reunião de dezembro do Banco da Reserva da Austrália revelando que o banco central sentiu a necessidade de uma queda ainda maior da moeda local para ajudar a proteger a economia da queda dos preços das commodities.
EUROPA: As principais bolsas europeias abriram em queda pelo sétimo dia, com dados de manufatura decepcionantes da China alimentando preocupações sobre a saúde da economia global, mas apontaram uma recuperação após divulgação otimista do PMI para a zona do euro.
A atividade de negócios na zona do euro em dezembro cresceu a um ritmo mais rápido em dois meses, mas o ritmo de expansão ainda era um dos mais fracos visto em 2014. O índice PMI composto subiu para 51,7 ante 51,1 de novembro, o menor em 16 meses. O PMI de serviços subiu para 51,9, uma alta de dois meses, enquanto a leitura de produção ficou em 50,8, o maior nível em cinco meses.
A fraqueza situou novamente nos países centrais. A leitura do composto da Alemanha ficou uma baixa de 18 meses. Na França, o PMI composto subiu para melhor nível em quatro meses, impulsionado pelo setor de serviços. Por um lado, o aumento do PMI na zona do euro apoia a ideia de que o estímulo do BCE está a começar a ter efeito, mas por outro lado, a taxa decepcionante de expansão, especialmente a fraqueza evidente na Alemanha e na França acrescenta as preocupações para mais estímulos.
O índice Stoxx Europe 600 caiu 0,7%, com o setor de petróleo e gás estendendo as perdas com a continuidade da queda do preço do petróleo. As ações das mineradoras caíram com dados da China caindo para a mínima de sete meses em dezembro. O BG Group caiu 0,93% e a BP recuou 1,67%, enquanto as mineradoras BHP Billiton e Rio Tinto caíram 1,57% e 0,16% respectivamente.
O Banco da Inglaterra advertiu que a continuação do baixo crescimento e inflação na zona do euro traz riscos para a economia do Reino Unido e para estabilidade do seu sistema financeiro. O teste de estresse dos oito maiores bancos do Reino Unido, que analisou a resiliência dos bancos face a uma queda de 35% nos preços da habitação e uma subida acentuada das taxas de juros, constatou-se que apenas um necessitaria de mais capital. A taxa anual de inflação da zona do euro situou-se em 0,3% em novembro, enquanto a economia do Reino Unido cresceu apenas 0,2% no terceiro trimestre e o BCE vai rever a sua postura de política monetária no início do próximo ano e indicou que pode lançar um programa de compras de títulos em mais um esforço para estimular o crescimento e inflação.
Em um movimento surpresa, o primeiro-ministro grego Antonis Samaras antecipou a eleição presidencial para esta quarta-feira, dois meses mais cedo do que inicialmente previsto. A situação precisa obter dois terços dos 300 membros do parlamento para apoiar seu candidato, Stavros Dimas. Se Samaras não conseguir obter apoio suficiente, o parlamento deve ser dissolvido, o que significa uma nova possível eleição no final de janeiro. Dada a instabilidade política recente, os investidores já estão se preparando uma vitória da extrema-esquerda, anti-austeridade Syriza e renovando temores de um "Grexit" (Grécia deixando a zona do euro). O índice Athex Composite caiu 0,21%.
Além disso, o banco central da Rússia aumentou drasticamente sua taxa de juro de 10,5% para 17% para travar o colapso do rublo, por ser uma economia dependente do petróleo, o que faz caminhar para uma recessão devido a queda dos preços do petróleo e das sanções ocidentais.
O líder da Ucrânia apelou à União Europeia para uma ajuda financeira de emergência, alegando que o governo precisa de ajuda para consertar a economia, informou a Reuters.
AGENDA ECONÔMICA:
EUA
11h30 - Housing Starts (índice mensal de construção de novas casas nos Estados Unidos) e Building Permits (índice mensal de permissão para novas construções nos Estados Unidos);
12h45 - Flash Manufacturing PMI (estimativa referente ao nível de atividade industrial nos Estados Unidos)
ÍNDICES MUNDIAIS (7h40):
ÁSIA
Nikkei -2,01%
Austrália: -0,65%
Hong Kong: -1,63%
Xangai Composite: +2,30%
EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,22%
London - FTSE: +0,14%
Paris CAC 40: -0,20%
Madrid IBEX: -0,66%
FTSE MIB: +0,46%
COMMODITIES
BRENT: -2,10%
WTI: -2,17%
OURO: +0,71%
COBRE: +0,25%
NÍQUEL: -1,29%
SOJA: -0,27%
ALGODÃO: -0,77%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,13%
SP500: +0,17%
NASDAQ: -0,04%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.