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As empresas estatais listadas na Bolsa de Valores carregam um peso extra relativo à possibilidade de interferência dos governantes. A preocupação é legítima, pois um investidor pode aportar recursos em uma determinada companhia que está indo muito bem e, de repente, ver seu castelo ruir porque o governante resolveu usar aquela estatal politicamente. Mas, como podemos observar, esse medo ultimamente tem sido maior em relação às estatais federais e menos em relação às empresas públicas sob responsabilidade de governos estaduais.
Isso tem a ver com o histórico de governantes/partidos que estiveram e estão no poder, mas, principalmente, pela ideologia reinante em cada um deles. O mercado financeiro tende a associar os partidos de esquerda a maiores gastos sociais e menos responsabilidade fiscal porque o discurso normalmente passa essa impressão. Ao contrário, partidos mais à direita costumam ter um discurso mais voltado aos interesses do sistema financeiro com a promessa, por exemplo, de menos gastos e de privatizações das empresas públicas como forma de reduzir o tamanho do Estado na economia.
Claro que esses posicionamentos ideológicos e as previsões do mercado só poderão ser confirmados ao longo da administração dos governos eleitos. Nem sempre o que é dito é colocado em prática, tanto para o bem quanto para o mal. Mas enquanto tudo fica no campo da especulação, a tendência é a Bolsa subir e descer ao sabor dos boatos e não da realidade. E é por causa dessas interpretações que o desempenho de estatais federais têm sido, pelo menos por enquanto, piores do que o das estatais pertencentes aos Estados.
Vou pegar três exemplos para mostrar como o mercado reage quando a vitória é de candidatos de direita. Em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), integrante de um partido ideologicamente liberal, reelegeu-se no primeiro turno das eleições, ainda em 2 de outubro. No dia seguinte (3/10) a ação da Cemig (BVMF:CMIG4; CMIG3)) teve alta de 10,74%. No Paraná não foi diferente. Ratinho Júnior (PSD) também foi reeleito no primeiro turno e, no dia seguinte, a Copel (BVMF:CPLE6) obteve variação positiva de 3,95%.
Por fim, em São Paulo, a simples passagem de Tarcísio Freitas (Republicanos) em primeiro lugar para o segundo turno fez com que as ações da Sabesp (BVMF:SBSP3) subissem incríveis 16,94% no dia posterior. No segundo turno, quando Tarcísio confirmou sua vitória se elegendo governador do Estado mais rico e populoso do país, as ações da Sabesp deram mais uma pequena subidinha de 0,94%.
Na disputa federal, o impacto da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno não chegou a impactar porque a expectativa é que ele pudesse atingir mais de 50% dos votos válidos. Mas a disputa foi levada para o segundo turno com o atual presidente, Jair Bolsonaro, pouco atrás de Lula, demonstrando um desempenho bem superior ao mostrado pelas pesquisas. O mercado se animou com as chances reais de reeleição do atual mandatário e as ações da Petrobras (BVMF:PETR4) subiram 7,99%. As ações do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) também performaram bem na ocasião, alcançando 7,63% de alta.
Pois bem, no segundo turno foi diferente. Com a confirmação da vitória de Lula em 30 de outubro as ações do Banco do Brasil caíram, no dia seguinte, 4,64%. No caso da Petrobras o tombo foi maior, com recuo de 8,47%. E até a indicação de Fernando Haddad para ministro da Fazenda, anunciada na sexta-feira, dia 9, fez com que as ações dessas duas estatais federais caíssem, tanto na sexta quanto na segunda-feira. Foram quedas em proporções menores, mas que mesmo assim sinalizam a desconfiança do mercado em relação ao novo ministro.
O Banco do Brasil é uma empresa cujas ações estão sendo negociadas abaixo do valor justo. Uma empresa pública como o BB já tem um custo embutido abaixo do que deveria valer, justamente pela possibilidade de interferência. No caso do Banco do Brasil a preocupação que se tem, e isso já prejudicou até o desempenho do mercado de bancos privados, é que iniciativas adotas no governo Dilma Rousseff, sejam repetidas. Na época, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal foram usados para reduzir, forçadamente, o spread bancário. Essa lembrança pesa.
O mesmo com a Petrobras. Todos se lembram do que aconteceu nos 16 anos de governo petista e o medo é que os desvios e as interferências voltem a ocorrer prejudicando a saúde da petrolífera. Como já dito, as estatais dos Estados estão em um movimento contrário, porque os governos eleitos nessas regiões são muito mais a favor das privatizações. O que justifica a subida de suas ações.
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