- A reunião de junho do Fomc ocorre em um momento decisivo para os mercados acionários.
- Embora a expectativa seja de manutenção dos juros, os investidores estarão atentos a novas projeções e às declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, em busca de sinais sobre possíveis cortes de juros e a trajetória da inflação.
- Diante da pressão causada pelas tarifas comerciais e pela instabilidade geopolítica, a comunicação do Fed será fundamental para calibrar as expectativas do mercado e orientar o sentimento dos investidores.
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A próxima decisão de política monetária do Federal Reserve, marcada para esta quarta-feira, acontece em um momento sensível para o mercado acionário, com o S&P 500 operando cerca de 3% abaixo do recorde registrado em fevereiro, em meio a um cenário de incertezas persistentes, que inclui temores sobre a guerra comercial e novas tensões geopolíticas envolvendo Israel e Irã.
Por isso, há muito em jogo quando o Fed anunciar sua nova decisão sobre os juros às 15h (horário de Brasília). A expectativa majoritária é de que o banco central mantenha a taxa no intervalo atual de 4,25% a 4,50%, mas os investidores estarão atentos a qualquer sinal de que uma redução no custo do crédito possa ocorrer nos próximos meses.
Atualmente, o mercado precifica dois cortes de juros até o fim do ano, sendo o primeiro provável em setembro, segundo a ferramenta Fed Rate Monitor Tool do Investing.com.
Junto da decisão, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) também divulgará novas projeções trimestrais para juros, inflação e desemprego, o chamado "dot plot".
Na última versão, apresentada em março, havia consenso entre os dirigentes do Fed sobre dois cortes em 2025.
Se o Fomc mantiver essa projeção, o movimento pode reforçar o viés positivo nos mercados, sobretudo diante de sinais recentes de arrefecimento da atividade econômica. Por outro lado, se o gráfico indicar apenas um corte, ou postergar os ajustes, é provável que haja uma reprecificação nos ativos de risco e maior cautela no mercado.
Declarações de Powell também serão determinantes
As atenções também estarão voltadas para a entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, às 15h30 (horário de Brasília). Suas declarações costumam ter impacto semelhante ao da decisão em si e poderão provocar oscilações nos mercados. A expectativa é de que Powell reforce o compromisso com uma abordagem guiada pelos dados, destacando a necessidade de mais clareza sobre os efeitos econômicos e inflacionários das tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump antes de alterar a taxa básica.
As pressões públicas de Trump por cortes de juros e suas críticas a Powell podem dificultar a comunicação do banco central, mas espera-se que o presidente do Fed reafirme a independência da instituição.
Impactos esperados nos mercados
Caso a decisão venha acompanhada de sinalizações mais brandas, indicando confiança na queda da inflação e abertura para cortes de juros, é possível que as bolsas tenham reação positiva. A redução nos custos de financiamento tende a favorecer os lucros das empresas e suas avaliações, beneficiando especialmente ações de crescimento, como as do setor de tecnologia, mais sensíveis aos juros.
Os rendimentos dos títulos, como os dos Treasuries de 10 anos, podem recuar diante da expectativa de uma política monetária mais flexível, o que tende a favorecer os ativos de renda fixa.
Por outro lado, uma postura mais firme, indicando juros elevados por mais tempo para conter pressões inflacionárias, tende a penalizar ativos de risco, como ações, ao elevar o custo do crédito e reduzir as projeções de crescimento.
Nesse cenário, o dólar pode se fortalecer, diante da atratividade dos juros mais altos para investidores estrangeiros, enquanto commodities como o ouro podem perder força com o dólar mais forte e o aumento do custo de oportunidade.
Considerações finais
Diante desse cenário, investidores e traders devem permanecer atentos e prontos para readequar suas carteiras com base nas sinalizações do Fed e nas condições que se seguirem à decisão. Como sempre, manter uma estratégia de investimentos diversificada será essencial para lidar com os possíveis desdobramentos da política monetária americana.
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