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Previsão para Opep: Quem Vai Estender os Cortes e Quem Não Vai

Publicado 24.05.2017, 12:40
Atualizado 09.07.2023, 07:31

Este artigo foi publicado originalmente em inglês no dia 24/05/2017

Antecipando a reunião semestral da Opep de quinta-feira, há, a seguir, um detalhamento (por país) de algumas das questões cruciais tanto para a Opep quanto para agentes externos à organização que estarão presentes. As questões cruciais que serão abordadas na reunião serão se os países concordarão em estender o acordo existente de cortes na produção de petróleo, por quantos meses irão estendê-lo e se novos países se unirão ao acordo.

Com base na liderança da Arábia Saudita e as confirmações dadas pelo ministro saudita do petróleo, Khalid al-Falih, entre outros, o mercado já está precificando na expectativa de que se chegará a um acordo. Um acordo nesta quinta-feira provavelmente trará um impulso nos preços, mas o impacto de longo prazo pode ser limitado ao menos que surgem evidências de diminuição do excesso de abastecimento.

Opep

Iraque: O governo iraquiano quer ser compensado com cotas maiores de produção de petróleo após anos de guerras e sanções durante os quais não pode produzir e exportar seu petróleo. O Iraque se vê mantenedor da ordem contra a instabilidade regional do Estado Islâmico e procura maior receita com o petróleo para pagar por essa guerra. Também há compromissos financeiros com empresas petrolíferas privadas que tornariam onerosos mais cortes na produção. Apesar da óbvia desaprovação do Iraque do pacto de cortes na produção, uma visita de Khalid al-Falih, ministro saudita do petróleo, aparentemente convenceu o primeiro-ministro e o ministro do petróleo do país a apoiarem a extensão por nove meses. O Iraque em linhas gerais não cumpriu integralmente o pacto (bombeando uma média de 80.000 barris a mais por dia que o permitido) durante os primeiros 5 meses em que estava em vigor. Investidores podem esperar que o Iraque continue a burlá-lo se os cortes continuarem.

Irã: O ministro iraniano deve apoiar a extensão de nove meses do pacto da Opep, nos termos apresentados. Essa disposição preserva as considerações especiais dadas ao Irã que permitiram que o país produzisse quase 4 milhões de barris por dia às vezes, desde que sua produção média durante o cronograma do pacto fosse mais baixa. Com a recente reeleição do presidente Rouhani, a parte eleita democraticamente do governo do Irã espera atrair mais investimento estrangeiro para a indústria do petróleo no país. O Irã tem buscado investimento estrangeiro desde o fim das sanções, mas as restrições impostas por conservadores de linha dura no governo têm assustado muitos investidores potenciais.

Arábia Saudita: Khalid al-Falih, ministro do petróleo, continua a exercer o poder da Arábia Saudita no mercado de petróleo para pressionar membros da Opep e países externos à organização para concordarem com a extensão por nove meses do acordo atual de produção. Entretanto, ele tem destacado que nada é definitivo até a reunião e que a Opep está "aberta a qualquer proposta a respeito dos cortes na produção". Investidores não devem esperar necessariamente um grande impulso nos preços se tudo correr conforme planejado na reunião da Opep. É altamente improvável que al-Falih tente obter consenso para cortes mais profundos. A Arábia Saudita tem feito cortes significativos em sua produção de petróleo e provavelmente continuará a produzir abaixo ou dentro de sua cota por toda duração da extensão do pacto.

Nigéria e Líbia: Se tudo correr como planejado, tanto a Nigéria quanto a Líbia continuarão dispensadas de quaisquer cortes na produção ou cotas pelos próximos 9 meses. O ministro iraquiano do petróleo indicou que possa ser pedido à Nigéria para fazer cortes na produção durante a reunião da Opep porque a produção do país se recuperou da sabotagem terrorista. Entretanto, a Nigéria indicou que pretende pedir por uma extensão de seis meses de sua dispensa atual. A produção de petróleo da Líbia também subiu nas últimas semanas com a recuperação de seus campos petrolíferos após um longo período de instabilidade.

Argélia, Angola, Equador, Gabão, Kuwait, Qatar, EAU: Esses países da Opep continuarão a participar dos cortes na produção e seguirão a líder Arábia Saudita no apoio à extensão de nove meses.

Venezuela: O presidente Maduro foi um dos primeiros apoiadores da extensão de nove meses, mas sérias manifestações políticas e instabilidade econômica no país tornam limitadas todas as avaliações sobre reações da Venezuela. É possível que todos os 1,9 milhão de barris por dia de petróleo venezuelano possam ser retirados do mercado temporariamente uma vez que ativistas comecem a sabotar instalações relacionadas à empresa estatal de petróleo do país (PDVSA).

Guiné Equatorial (SA:EQTL3): Esse país africano tenta se juntar à Opep desde 2009 e, com apoio saudita, deve ser aceito como membro esta semana. É o terceiro maior produtor da África com aproximadamente 227.000 barris por dia. Em dezembro passado, a Guiné Equatorial se uniu ao pacto e cortou 12.000 barris por dia.

Participantes externos à Opep

Rússia: Importantes figuras russas, como o presidente Vladimir Putin, o ministro de energia Alexander Novak, e Igor Sechin, diretor-executivo da Rosneft, expressaram apoio à extensão de nove meses. De acordo com uma análise da S&P Global Platts, a conformidade da Rússia com sua redução de 300 mil barris por dia tem sido inconsistente. A Opep provavelmente ignorará as questões envolvendo a conformidade da Rússia em favor de um consenso mais amplo, mas investidores devem estar conscientes de que a conformidade da Rússia, junto com a conformidade de países externos à Opep, será questionável por toda a duração do acordo.

Cazaquistão: Essa república da Ásia central concordou em cortar apenas 20.000 barris por dia de sua produção de 1,5 milhão de barris por dia em dezembro de 2016. Agora considera sair do acordo de produção de petróleo uma vez que o país tem mais petróleo sendo produzido em seu campo de Kashagan. O Cazaquistão afirma que seu compromisso com os investidores neste campo de petróleo torna impossível fazer mais cortes na produção. Entretanto, o país está enviando representantes à reunião da Opep; logo, é possível que o Cazaquistão concorde em continuar a participar da mesma forma.

México: O México anunciou na segunda-feira que apoiaria o plano de extensão de nove meses, embora o país continue a pedir investimento doméstico e estrangeiro em sua indústria do petróleo para reavivar sua produção defasada.

Omã: Omã originalmente apoiava uma extensão do acordo por mais 6 meses, mas recentemente anunciou que após "alguma discussão" na reunião, não irá se opor à extensão de 9 meses.

Países não citados: Khalid al-Falih afirmou que mais alguns "pequenos" países produtores de petróleo demonstraram vontade de participar dos cortes na produção. Não está claro quais são esses países, embora Turcomenistão, Egito e Costa do Marfim conformaram participação na reunião de Viena. A Costa do Marfim produz aproximadamente 53.000 barris por dia; o Turcomenistão produz cerca de 244.000 e o Egito, 723.000. O Egito é o menos provável que se una ao acordo porque sequer produz petróleo o suficiente atender suas próprias necessidades. Embora a Noruega tenha sido citada como um possível novo país participante, seu ministro do petróleo confirmou que o país não tem planos de participar da reunião ou se unir aos cortes na produção.

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