Preço Nominal da Soja É o Maior Desde 2012

Publicado 16.05.2016, 13:23

Com demanda aquecida e produção da safra 2015/16 reajustada para baixo, os valores da soja e do farelo seguem em forte alta no Brasil. Na sexta-feira, 13, o Indicador CEPEA/ESALQ (média Paraná) atingiu R$ 81,57/saca de 60 kg, o maior patamar nominal desde setembro de 2012. Em termos reais, é o maior desde 14 de janeiro deste ano (valores foram atualizados pelo IGP-DI).

Quanto ao farelo, na média das praças acompanhadas pelo Cepea, os preços subiram expressivos 5,6% entre 6 e 13 de maio. O clima desfavorável à cultura no principal período de desenvolvimento do grão foi o principal motivo para esse cenário.

Nesse contexto, vendedores brasileiros estão retraídos, negociando apenas lotes pontuais e no aguardo de valores ainda maiores no segundo semestre. Os compradores de farelo também passaram a adquirir o produto em pequenos volumes, à espera de um recuo nos valores para voltar a negociar quantidades maiores.

MILHO: Indicador beira R$ 52/sc; produção 2015/16 deve ser menor

A menor oferta de milho no mercado brasileiro e incertezas quanto ao desenvolvimento da segunda safra vêm impulsionando as cotações do cereal, especialmente no Sul do País. Entre 6 e 13 de maio, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) subiu 3,3%, fechando a R$ 51,70/sc na sexta-feira, 13, recorde nominal. Estimativas oficiais indicam produção 2015/16 inferior à da temporada anterior e estoques 51% menores.

O clima quente e seco em abril prejudicou as lavouras de milho segunda safra e, agora, a Conab prevê produção nacional em 52,9 milhões de toneladas, 3,1% inferior à da temporada passada e 7% abaixo da estimativa de abril.

Apesar de a área da segunda safra ser prevista em 10,16 milhões de hectares, 6,4% maior que na temporada anterior, a produtividade média nacional deve ser de 5,2 toneladas/hectare, 9% inferior à da temporada passada.

MANDIOCA: Mesmo com oferta baixa, preços seguem em queda

As chuvas da última semana nas regiões acompanhadas pelo Cepea interromperam a colheita de mandioca por alguns dias, o que diminuiu a quantidade de matéria-prima processada na indústria de fécula em 46% no comparativo com a semana anterior. No entanto, mesmo com a oferta reduzida, as cotações da mandioca se mantiveram em queda nas regiões acompanhadas pelo Cepea.

Entre 9 e 13 de maio, o preço médio a prazo da tonelada da raiz posta fecularia foi de R$ 305,78 (R$ 0,5318 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), redução de 4,4% frente à média anterior. Essa foi a sexta semana de baixas consecutivas nas cotações do produto que, desde a última semana de março, acumulam queda de 14,4%.

A demanda industrial, por sua vez, vem diminuindo por conta da baixa liquidez nos mercados dos derivados – farinha, fécula e amidos modificados –, o que também aumentou a pressão sobre os valores da raiz na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.

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