Protestos em Hong Kong levam as Bolsas da Ásia à Mínima em 4 Meses

ÁSIA: Bolsas da Ásia atingiram a mínima de 4 meses, com manifestação pró-democracia em Hong Kong, enquanto o dólar dos EUA se fortaleceu frente a diversas moedas após dados que mostrarem que a economia do maior economia do mundo vai bem. O Departamento de Comércio dos Estados Unidos elevou sua estimativa de crescimento do produto interno bruto para uma base anualizada de 4,6%, ritmo mais rápido em dois anos e meio e ante 4,2% no mês passado.

Protestos pró-democracia aumentaram as preocupações no centro financeiro asiático e em uma cena rara de desordem, milhares de pessoas opostas ao plano eleição de Pequim para Hong Kong foram às ruas no fim de semana. A polícia disparou gás lacrimogêneo e deteve 78 manifestantes. 

Ainda na China, o país registrou uma queda de 0,6% nos lucros das empresas industriais em agosto, indicando que o crescimento econômico ainda pode estar em declínio. Apesar da melhoria dos dados de produção setembro, analistas dizem que o declínio da produção industrial, preços mais baixos de imóveis, importações mais fracas e pressão sobre os preços de fábrica estão apontando para uma suavização das condições econômicas.

O índice MSCI de ações da Ásia-Pacífico com exceção do Japão caiu 1,3%, atingindo seu nível mais baixo desde meados de maio. O Hang Seng de Hong Kong caiu 2,3%, mínima de dois meses, pesada por bancos, varejistas e promotores imobiliários. O Hong Kong dólares, que está indexado a uma estreita faixa em relação ao dólar, caiu 0,1%, para 7,761 em relação ao dólar, o menor nível desde março, quando os confrontos de rua afetaram as operações de alguns bancos. Mercados na China continental se sairam melhor, com o Xangai Composite Index mantendo a escalada de alta e subiu 0,43%, próximo das altas de um ano e meio.

No Japão, o Nikkei também subiu 0,5%, com a fraqueza do iene ajudando o setor exportador. O dólar subiu para ¥ 109,74, maior patamar em seis anos.

O dólar australiano caiu para $ 0,8684, seu nível mais baixo em quase oito meses, enquanto o S&P/ASX 200 caiu 0,93% para 5,269.60 pontos, ampliando suas quedas recentes, puxada por bancos e mineradoras. O índice perdeu 6,4% em setembro e recua 1,6% desde o início do ano. Embora o preço do minério de ferro, tenha se firmado no fim de semana em US $ US78.60 a tonelada, depois de perder 3,8% na semana passada, as grandes mineradoras recuaram. BHP Billiton diminuiu 1,3%, enquanto a rival Rio Tinto perdeu 1,5%.

EUROPA: As principais bolsas europeias abriram hoje em baixa, com a queda na confiança econômica da zona do euro, gerando dúvidas sobre o ritmo de recuperação, enquanto a agitação política em Hong Kong pesa sobre o índice de referência da região. 

O índice mensal da Comissão Europeia mensal de sentimento do consumidor caiu 0,7 pontos para 99,99 pontos em setembro, o menor patamar desde dezembro. 

O índice Stoxx Europe 600 recua 0,3%. Destaque para o HSBC e Standard Chartered que deslizam mais de 1% cada, após os bancos fecharem algumas filiais em Hong Kong, enquanto manifestantes permaneceram nas ruas depois dos confrontos do fim de semana com a polícia. 

Ainda em Londres, as ações de mineradoras também pesam sobre o FTSE 100, com preocupações sobre o crescimento econômico, além dos protestos políticos em Hong Kong. Anglo American cai 1,42%, Rio Tinto perde 1,31% e a rival BHP Billiton recua 0,55%.

Em Frankfurt, RWE despenca 2,81% após a maior empresa de energia da Alemanha dizer que os reguladores do Reino Unido ainda não tinham aprovado o seu plano de vender a RWE DEA, seu negócio de petróleo e gás para um consórcio de investidores russos, num valor próximo a 5,1 bilhões de euros. DAX 30 recua.

Em Paris, a Air France-KLM ganha 1,44%, com a empresa aérea retornando às atividades, depois da greve da semana passada. CAC 40 recua.

AGENDA DE HOJE :
EUA:
9h30 - Core PCE Price (gastos com consumo pessoal (PCE) excluindo os preços dos alimentos e de energia);
9h30 - Personal Income (renda individual dos cidadãos norte-americanos) e Personal Spending (gastos dos consumidores), e também o núcleo do Personal Consumption Expenditures - PCE (gastos pessoais dos americanos - medida de inflação mais acompanhada pelo Fed);
11h00 - Pending Home Sales (mede a venda de casas existentes nos EUA com contrato assinado, mas ainda sem transação efetiva);
11h00 - Building Consents (licença de construção, aprovação formal para uma construção, alteração, demolição ou remoção de um edifício).

ÍNDICES MUNDIAIS (7h30):

ÁSIA
Nikkei: +0,50%
Austrália: -0,93%
Hong Kong: -1,90%
Xangai Composite: +0,43%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,23%
London - FTSE: -0,23%
Paris CAC 40: -0,42%
FTSE MIB: -0,85%

COMMODITIES
BRENT: -0,38%
WTI: -0,27%
OURO: +0,20%
COBRE: -0,22%
NIQUEL: -1,44%
SOJA: -0,23%
ALGODÃO: +1,32%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,40%
SP500: -0,41%
NASDAQ: -0,40%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.