Portobello (SA:PTBL3) divulgou resultados sem muitas novidades, mas foi especialmente otimista em seus comentários.
Na comparação com o 1T17, receita líquida +4 por cento, Ebitda +6 por cento e lucros +55 por cento.
A comparação de Ebitda e lucros acima foram ajustados, retirando do 1T17 um ganho fiscal não recorrente.
Claro, sempre existe aquela “aumentadinha” aqui e ali, ninguém é de ferro. A dívida líquida/Ebitda não caiu em relação ao 1T17, na realidade, ela subiu em relação ao 4T17 – mas continua em patamar confortável.
O grande destaque negativo foi o aumento nas despesas com vendas e administrativas, subindo +13 e +12 por cento, respectivamente.
Segundo PTBL, foco no varejo doméstico e nas exportações, já que o canal de construtoras só deverá melhorar em 2019.
Mas exportar cerâmicas não é tão simples, o custo do frete é enorme – é quase como transportar tijolos ou cimento. Talvez com o dólar a 3,70 ou 4 reais?
Portobello continua dando um ROE lindo (24 por cento), mas os grandes ganhos de custos e de mix de produtos de 2017 ficaram para trás. Para 2018, maiores vendas ditarão os resultados.
E o mercado, desiludido com as eleições e o crescimento, derrubou -13 por cento as ações em 2018. PTBL negocia ao redor de 6x Ebitda e 13x lucros.
PTBL é boa hoje, mas será ainda melhor quando o ciclo imobiliário virar. PTBL não vê a hora em que o brasileiro aproveite juros nas mínimas para reformar sua casa.
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