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O petróleo é uma das commodities mais preciosas do mundo, seu preço afeta o ecossistema econômico em todos os níveis, desde os orçamentos familiares até os ganhos das empresas e o PIB dos países.
Analisemos agora os principais fatores até os dias atuais que influenciaram diretamente o preço do petróleo nas duas últimas décadas.
O preço do petróleo registrou uma alta sem precedentes entre os anos de 1999 e 2008, quando em janeiro de 99 o preço do barril custava 11,35 dólares e em junho de 2008 o preço fechou o mês à $139,83 o barril. Nos 6 meses seguintes o preço desvalorizou-se 99,61% cotado à $45,59 em dezembro de 2008. O que afeta de forma tão agressiva o preço deste ativo?
Os preços do petróleo bruto são extremamente sensíveis, mudando rapidamente em resposta à notícias, mudanças de políticas e flutuações nos mercados mundiais, no curto prazo as decisões da Organização dos Países Exportadores de petróleo (OPEP), influenciam temporariamente no preço do petróleo. Cabe lembrar que grandes produtores mundiais como EUA, Rússia, Canadá e China não fazem parte da OPEP.
Entre 1999 e 2008, o rápido e massivo crescimento de economias como China e Índia, elevaram a demanda de consumo do petróleo à níveis de preço jamais registrados. Soma-se à isso, os cortes na produção da OPEP no Oriente Médio, o que também ajudou à elevar o preço.
Após a intensa crise e recessão global, no segundo semestre de 2008, a grande redução pela demanda energética ocasionaram uma intensa desvalorização dos preços, cotado à $45,59 em dezembro de 2008, ou seja, $94,24 à menos em um intervalo de 150 dias.
Passado o período de crise, em uma escalada gradual e positiva entre o primeiro trimestre de 2009 ($50,80) e junho de 2014 ($112,36), o preço do petróleo voltou à ser cotado por muitos meses, entre 2011 e 2014 acima dos 100 dólares.
Porém, o segundo semestre de 2014 registrou outra queda acentuada, em julho o barril era cotado à $106,02, em janeiro de 2015 fechou o mês à $52,99, desvalorização acumulada de 70,03% no período.
Economias como a China, cujo rápido crescimento e expansão criaram uma insaciável sede de petróleo na primeira década do século XXI, começaram a desacelerar, assim como Rússia, Índia e Brasil, estas mesmas economias emergentes que influenciaram na ascensão histórica dos preços, o fizeram cair praticamente pela metade.
Países como EUA e Canadá registraram efeitos negativos em suas economias devido ao alto preço do ativo e aumentaram suas produções de petróleo reduzindo as importações e contribuindo efetivamente para a queda do preço neste período.
No segundo semestre de 2015 o preço do petróleo sofreu outro declínio, a crescente valorização do dólar que faz frente ao petróleo e outras commodities que são cotadas na moeda, consequentemente caem quando o dólar é forte.
O excesso de oferta global e aumento dos estoques sem uma demanda crescente, e com a decisão da OPEP de "não cortar" a produção, empurrou para baixo os preços do petróleo, em janeiro de 2016 o barril era cotado à $34,74, o valor mais baixo atingido em 12 anos, desde julho de 2004.
Estendendo-se pelos 30 meses seguintes em que o preço cresceu moderadamente,atingindo $82,72 em setembro de 2018, máxima em 4 anos, após um bom desempenho dos produtores da OPEP, trazendo equilibrio ao mercado, juntamente com o anúncio das sanções ao Irã impostas pelos EUA, e um declínio na produção Venezuelana, foram os principais fatores de valorização principalmente em 2018.
Após Arábia Saudita e Rússia decidirem compensar perdas previstas pelas sanções ao Irã, garantindo que não haveria falta de petróleo no mercado, os três últimos meses do ano de 2018 registraram queda de 39,33% no preço, tendo como impacto principal a produção nos EUA crescendo praticamente o dobro do que o esperado, sinalizando excesso de oferta bem maior que a demanda.
Com o atual e crescente pessimismo sobre a economia global, especialistas afirmam que o mercado não suporta preços tão altos para o petróleo este ano.
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