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Quem Comprar Pré-fixados Vai Rir lá na Frente

Publicado 29.12.2016, 14:10
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Fique atento: no dia 2 vai rolar a mordida cobrança de taxa semestral da bolsa sobre as posições de Tesouro Direto. O valor é calculado proporcionalmente ao tempo pelo qual você carrega os títulos. Cuidado para não deixar o saldo da corretora no negativo.

Preocupação diária

Passei o dia inteiro de ontem preocupado. "O que eu vou escrever no M5M de amanhã?” Muito embora isso me seja um problema recorrente — e talvez você não imagine os milagres que já foram operados por este escriba para que essas linhas cheguem à sua caixa diariamente —, a última newsletter do ano estava fadada a representar desafio adicional, de proporções hercúleas.

De um lado, o simbolismo da derradeira edição de 2016 naturalmente exigiria que fosse algo especial. Em oposição feroz a esse desejo, a perspectiva de que o noticiário seria minguadíssimo — pois, por esse ano, já deu.

Veio a noite, e continuava preocupado. Se habitualmente durmo mal, o que dirá quando fustigado por não fazer a menor ideia do que escreverei quando o sol chegar. Para completar, o calor infernal que assola São Paulo faz piorar minha urticária. Nem tento resistir: imediatamente recorro a um zolpidem e uma fexofenadina para, em um átimo de paz, me refugiar nos braços de Morfeu.

E assim, enfim, dormi. E, coisa rara, sonhei.

Sonhos de uma noite de verão

Viver sem sonhar; eu já não consigo imaginar como seria para mim (lembra d’A Pedra do Sonho? O dia que revi isso, chorei feito criança).

Já tive sonhos muito interessantes: já sonhei que a GP comprou empresa listada — e, poucas semanas depois, efetivamente aconteceu. Já sonhei que uma empresa que mora no meu portfólio entrou em recuperação judicial — e, felizmente, não passou de uma noite mal dormida.

Nem imaginam os RIs das empresas que acompanhei ao longo desta década de mercado, mas boa parte deles já me visitou em meus momentos de repouso profundo. Não hesito em enfatizar, antes que alguém me julgue mal, que todo mundo sempre estava vestido — absolutamente nenhuma exceção.

Pois compartilho com vocês os flashes da noite passada.

Batuque na mesa

Primeiro sonhei que era tranquilo o último pregão do ano, com traders divididos entre executar as últimas ordens daqueles que ainda tentam embelezar a cota e, por outro lado, dar risada, cantar e batucar na mesa após um ano de vitórias e também reveses.

Como resultado, bolsa muito próxima do zero-a-zero. Juros, idem.

Vôo — pois sonho sem voar não tem graça — e vou até Nova York. Por lá, bolsa é estável em dia de desvalorização de dólar e petróleo. Tudo sugerindo que o rompimento da marca dos 20 mil pontos do Dow Jones ficou para ano que vem.

Em um instante, cruzo o Atlântico e também encontro paz na Europa: mercados praticamente estáveis, com destaque no noticiário para o recrudescimento de relações entre o ministro das finanças italiano e o Banco Central Europeu, por conta do debate formado em torno do salvamento do Monte dei Paschi — aqui o sonho vira pesadelo.

Mesóclise

Sonhei que Dilma tinha caído e Temer tinha virado presidente. E, para surpresa geral, estava criando condições institucionais para que o país fosse colocado de volta nos eixos — para desagrado do Pablo Capilé — de quem, aliás, nunca mais se ouviu falar. Amém.

No meu sonho, ele veta os disparates da Câmara que desobrigariam Estados em dificuldade a colocar as contas em dia para receber ajuda do Governo Federal, em sinal de disposição de queimar capital político em prol de uma agenda de responsabilidade. E sinaliza que enviará ao Legislativo um novo projeto, mais enxuto — pois política é a arte da negociação —, que deverá ser apreciado pelos digníssimos pralamentares (sic) na volta do recesso.

E, para minha alegria — e histeria incontrolável do Marcos Bagno — reintroduz o português como língua oficial do país, com mesóclise e tudo.

Sonhei também que, sob a batuta de Ilan Goldfajn (aquele careca boa praça que é economista do Itaú (SA:ITUB4) desde o tempo do Epa, sabe?), inflação fechava o ano com amplos sinais de enfraquecimento, prenunciando um expressivo ciclo de queda de juros — sonhei, aliás, que vi analista assumir em relatório, como premissa base, que a Selic fecha 2017 em 10 por cento e segue recuando até o patamar de 7 num horizonte próximo.

Deduzo que, nos meus sonhos, quem comprar prés vai se acabar de tanto rir lá na frente.

Dancinha da vitória

Sonhei, também, que a carteira do Empiricus Renda Fixa fechou 2016 com retorno de 160 por cento do CDI — com direito a dancinha da vitória da Marília, que se manteve firme às suas convicções mesmo durante os períodos mais conturbados do ano…

…que quem colocou mil reais em cada uma das operações recomendadas no Gamma Trader ao longo de 2016 chegou à festa de reveillon com 26 mil reais a mais no bolso, e que 83 por cento das recomendações de Long & Short do Max resultaram em lucro…

…que, das 13 recomendações do Herrera no Empiricus Insider, 11 geraram retornos positivos — com as cinco melhores variando de 54 a 170 por cento, em diferentes prazos — e, nas duas que geraram perdas, o maior prejuízo não chegou a três por cento…

…dentre outras marcas a comemorar.

Sonhei que tem gente em bancos de placas vistosas que, na falta de tempo de ler todos os relatórios de research que recebe, prioriza ler os da Empiricus. Os clientes são nossos assinantes e, com base no lêem aqui, questionam o que é feito por lá. Nos meus sonhos, chegaram ao fim os tempos em que alocadores de recursos, do alto de suas torres de marfim, faziam o que lhes dava na telha sem serem questionados pelos clientes.

E, nessa toada, sonhei que muita gente deixou a má-vontade com a Empiricus de lado e aproveitou as últimas unidades do Premium Pass para conferir isso tudo com os próprios olhos e rever seus conceitos sobre a gente.

Nove horas e meia


Sonhei que chegava à minha centésima décima terceira edição do Mercado em 5 Minutos com muito a agradecer a quem me acompanhou até aqui.

Assumidos cinco minutos de leitura por edição (e, cá entre nós, sabemos que não dá…), cada leitor me dedicou aproximadamente 9 horas e meia de seu tempo desde que apareci aqui pela primeira vez, no dia 18 de julho.

Não agradei a todos — e quem sentia falta do Rodolfo agora tem, às segundas, oGrana Preta, fora outras newsletter maravilhosas produzidas por outros colegas por quem tenho mais profundo respeito e admiração —, mas me sinto privilegiadíssimo por ter conseguido me tornar merecedor da atenção de muitos outros.

Sonhei que incontáveis Joões, Marias, Pedros, Renatos, Marcos, Fernandos, Adilsons, Camilas, Mônicas e tantos outros — a quem peço desde já perdão por não nominar, simplesmente porque é impossível — me permitiram ocupar uma pequena fração de seus dias com palavras que consomem parcela significativa do meu para escrever. Sonhei até mesmo que a Bia elogiou o M5M um par de vezes — e provavelmente ela não faz a menor ideia do quanto isso significou para mim.

E sonhei também que muitos de vocês adorarão as novidades que estão sendo planejadas para acontecer por aqui em 2017.

Chega — caiu um cisco no meu olho aqui.

O sonho acabou

Então acordei.

Dilma é presidente, Lula faz escala na Casa Civil à espera de 2018, favoritíssimo. Guido celebra mais um ano à frente da Fazenda em um badalado restaurante de São Paulo, com demais frequentadores absolutamente inertes à sua presença.

É anunciada reforma ministerial. Na Cultura, acaba Tico Santa Cruz sucede Zé de Abreu. Aguardamos o novo nome da Educação, com apostas divididas entre Karnal e Cortella.

O Esquenta agora é diário — começa logo depois do Encontro com Fátima e só termina na hora da Malhação. Jô dá lugar a PC Siqueira. Kéfera ganha o Jabuti. Beliebers já acampam para o show que ocorrerá em outubro de 2025.

Todas as esperanças de um Brasil melhor estão depositadas no furor combativo de Reinaldo Azevedo.

E a Empiricus, é claro, é puro marketing.

Persiste minha preocupação: sobre o que eu vou escrever no último M5M do ano?

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