Real vs dólar e a máxima histórica da Bolsa Americana

Publicado 13.08.2025, 12:30
A bolsa americana está em máxima histórica, impulsionada por inflação controlada, expectativas de corte de juros e liderança em tecnologia.
 
O investidor estrangeiro continua confiante, com recordes de entradas e grande participação no mercado. Há oportunidades nos EUA, mas é sensato considerar diversificação global, dado o bom desempenho e valuation dos mercados internacionais.

Relação entre o Real e o Dólar

Situação atual e recente do real:

  • Em dezembro de 2024, o real atingiu sua cotação mais fraca em relação ao dólar desde sua criação em 1994, chegando a cerca de R$ 6,26 por dólar.

  • Em fevereiro de 2025, o real teve sua maior sequência de valorização diária em quase 20 anos, fechando próximo a R$ 5,82 por dólar.

  • No final de julho e início de agosto de 2025, o real esteve novamente fortalecido: por exemplo, em 3 de julho de 2025, o dólar caiu para R$ 5,40, menor nível desde junho de 2024.

  • Mais recentemente, o real se firmou em torno de R$ 5,40 por dólar, seu nível mais forte em cerca de 14 meses.

  • Esse fortalecimento está atrelado a uma política monetária mais rígida no Brasil, com a taxa Selic em 15%, aliada ao enfraquecimento do dólar e à confiança dos investidores na estabilidade econômica brasileira.

Bolsa americana em máxima histórica: qual o impacto para o investidor brasileiro?

Valorização do S&P 500 (SPY) O SPY atingiu um recorde histórico de fechamento em US$ 642,69 em 12 de agosto de 2025, esse recorde está apoiado por fatores como expectativas de corte dos juros nos EUA, inflação controlada e forte desempenho do setor de tecnologia e inteligência artificial.

Efeito do câmbio, real valorizado vs. dólar:

Imagine que o real valorize de R$ 5,60 para R$ 5,40 por dólar. Um setor do S&P 500 que renda 10% em dólares passa a representar aproximadamente 11% em reais. Ou seja: ganhos em dólares se amplificam em reais quando o câmbio favorece o investidor brasileiro.

combinação de real valorizado (≈ R$ 5,40/USD) e máxima histórica da bolsa americana (SPY em US$ 642,69) cria um ambiente bastante propício para investidores brasileiros diversificarem em ativos nos EUA. Essa conjuntura permite duplicar o efeito positivo, ganhos com mercado americano e ganho cambial.

No entanto, é importante manter diversificação estratégica, aproveitando juros locais e avaliando riscos tanto domésticos quanto internacionais.

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